Os servidores públicos junto a organizações da esquerda e movimentos sociais estão levando adiante a primeira greve e protestos massivos contra o governo argentino de Mauricio Macri. Rechaçam as demissões e a criminalização dos protestos.
quarta-feira 24 de fevereiro de 2016 | 18:31
A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) convocou para a primeira greve no setor público, em protesto contra a demissão de milhares de funcionários públicos e de trabalhadores precários em agências estatais. A CTA (Central de Trabalhadores Argentinos) também entrou para a ação.
Desde que chegou ao governo, Mauricio Macri em dezembro passado, foram 25 mil demissões a nível nacional, segundo informação da ATE. As demissões se realizaram em todo o país, tanto em províncias governadas pelo oficialismo como nas gestionadas pela oposição. O governo de Macri anunciou uma “modernização do estado” que implicará novos ajustes, fechamento de organismos estatais e privatizações.
As centrais sindicais majoritárias no setor privado (indústrias, transporte, bancos etc.) que se encontram divididas dentro da Confederação Geral de Trabalhadores (CGT) mantém uma trégua com o governo e não tem apoiado o protesto. Desde a esquerda e as organizações sindicais antiburocráticas, ao contrário, exigem um plano de luta e chamam a “organizar protestos dos trabalhadores, das mulheres de da juventude”
A greve enfrenta as demissões e rechaça o “protocolo antiprotesto” que a ministra de segurança Patricia Bullrich, quer colocar em prática. Esse é um protocolo para criminalizar manifestações sociais, limitar a liberdade de manifestação e a liberdade de imprensa, como tem denunciado numerosos organismos de direitos humanos, sindicatos de imprensa e jornalistas.
A paralisação começou na manhã desta quarta-feira com ações de protesto, cortes de rua e manifestações em todo o país.Agora a tarde, está convocada uma mobilização na "Plaza de Mayo", símbolo dos protestos sociais na Argentina.
AHORA la infanteria se retira. Corte total en Corrientes y callao. Asi arranca el Paro del 24F. @valeriafgl pic.twitter.com/wegni6xJu1
— Juan Andrés Gallardo (@juanagallardo1) 24 de fevereiro de 2016
.@NicolasdelCano y @myriambregman participan de la jornada de lucha de estatales. https://t.co/FfPSwy6bsL pic.twitter.com/hCYtXC7yTw
— Frente de Izquierda (@Fte_Izquierda) 24 de fevereiro de 2016
Durante a jornada de protesto somaram-se professores dos sindicatos combativos da província de Buenos Aires, trabalhadores da imprensa e organizações do sindicalismo de esquerda.
Desde a manhã começaram ações de luta em várias cidades do país como Rosário, Córdoba e na capital.
Pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT, na sigla em espanhol), Nicolás del Caño do PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas) chamou a “organizar a resistência dos trabalhadores, das mulheres e da juventude” contra o ajuste e a repressão do governo de Macri.
AHORA Jornada de paro nacional de estatales #24F. @valeriafgl @PTSPrensa @C5N @izquierdadiario @syndicalisms pic.twitter.com/RieAD33bpL
— Juan Andrés Gallardo (@juanagallardo1) 24 de fevereiro de 2016
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