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ELEIÇÕES 2018 | Arbitrário TSE quer processar Haddad por shows de Roger Waters

O corregedor do TSE, Ministro Jorge Mussi, escancarando arbitrariedade autorizou a abertura da absurda ação apresentada pelo candidato ultradireitista Jair Bolsonaro (PSL) pedindo a cassação da candidatura do petista Fernando Haddad por turnê de Roger Waters.

domingo 28 de outubro de 2018 | Edição do dia

A peça judicial apresentada pelo reacionário pede inlegibilidade de Haddad, alegando propaganda ilegal através dos shows de Roger Waters, que tiveram grande repercussão por haver se posicionado contra Bolsonaro em meio as eleições.

O fato de ele ter chorado pelo assassinato do Mestre capoeirista Moa do Catendê e denunciado o assassinato de Marielle Franco seria, para a acusação, a evidência de que suas manifestações na realidade não passavam de "campanha eleitoral ilegal disfarçada de show" pagas pelo PT.

Em seu despacho, o Ministro Jorge Mussi dá cinco dias para que as partes se manifestem, sendo não apenas Fernando Haddad do PT, sua vice Manuela D’Ávila do PCdoB, mas também os sócios da Produtora T4F, responsável pela apresentasações da turne do ex-Pink Floyd. Respaldando assim o autoritarismo de Bolsonaro, seu partido PSL e seus advogados.

Não surpreende a absurda decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que nessas eleições já censurou a campanha petista proibindo denunciar a apologia à tortura feita abertamente por Bolsonaro, foi conivente com o Caixa 2 bolsonarista, perseguiu a União Nacional dos Estudantes, além da perseguição a várias universidades e sindicatos, entre outros absurdos que compõem a manipulação dos diferentes setores do judiciários que se colocam como os grandes árbitros das eleições, acima da decisão popular, manipulando seus rumos do início ao fim, para garantir um regime mais à direita e a aplicação das medidas de ajuste que visam descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.

Bolsonaro, aliado dos militares que tutelam também essa verdadeira farsa de democracia que são as eleições presidenciais de 2018, e seu partido PSL, ao mesmo tempo que assumem a carapuça de que se colocar contra esses absurdos crimes políticos como fez Waters é se colocar contra ele, protagonizam uma verdadeira censura à liberdade de expressão ao perseguir um artista por se manifestar politicamente, e tentar através disso uma manobra baixa contra seu adversário.

Nós trabalhadoras e trabalhadores brasileiros não temos nada o que esperar dessa justiça dos ricos para barrar os absurdos autoritários que virão inevitavelmente por parte dos setores de extrema direita que se organizam e se fortalecem em nosso país. Somente organizados em todos os lugares através de comitês de base podemos levantar a força necessária para resolver essa crise sem que sejamos nós a pagar o pato.




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