Na noite desta segunda-feira (16), o Haiti foi atingido pelo ciclone tropical Grace, dois dias após o país ter sofrido um forte terremoto que deixou até o momento 1.941 mortos, além de milhares de feridos e desabrigados.
quarta-feira 18 de agosto de 2021 | Edição do dia
Foto: RALPH TEDY EROL / EFE - Via El País
Com a chegada do ciclone, o Haiti vem sofrendo fortes chuvas e rajadas de vento, que chegam a até 75 km/h. Assim, infelizmente, a tendência é aumentar o número de pessoas mortas pelo terremoto, pois o ciclone interrompeu os trabalhos de resgate. Até segunda-feira tinha sido notificado a destruição de cerca de 37,3 mil casas, e as equipes de resgate ainda não conseguiram fazer buscas por sobreviventes em muitas dessas casas. O ciclone também fez aumentar os riscos de deslizamentos e de enchentes.
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Haitianos em busca de abrigo após um terramoto mortal tiveram que enfrentar a tempestade tropical Grace na terça-feira, 17 de Agosto, quando ela inundou e destruiu as suas casas improvisadas. #Haiti pic.twitter.com/A9yIRCHT2G
— VOAPortuguês (@VOAPortugues) August 18, 2021
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Além disso, o país entrou numa forte crise política, pouco mais de um mês após o o assassinato do ex-presidente Jovenel Moise, em sua casa em 7 de Julho. Também em julho, o primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, anunciou a sua renúncia, por ser uma dos suspeitos do assassinato do ex-presidente, o que só fez agravar a crise política.
Esquerda Diário 5 minutos: 15/08 - Terremoto no Haiti e a perseguição ao ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos
Ao longo da sua história, o Haiti vem sofrendo com altos índices de pobreza e com terremotos arrasadores, acarretando em dezenas de milhares de mortos. Mas tudo isso é fruto do sistema capitalista e dos seus governos burgueses corruptos, que não tem interesse em usar as forças produtivas para realizar uma melhora substancial da classe trabalhadora e do povo pobre haitiano, mesmo já havendo condições para isso. Ou seja, essas catástrofes ambientais não podem ser explicadas somente por "causas naturais", mas é principalmente consequência do fato de que salvar vidas não é lucrativo para a burguesia.
Veja a declaração de Marcello Pablito, militante do MRT e do Quilombo Vermelho - luta negra anticapitalista: Marcello Pablito: "Toda solidariedade ao povo haitiano que agora sofre mais um terremoto"
