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GOVERNO AJUSTADOR | Após reforma da previdência, Bolsonaro, Congresso e mídia querem mais ataques contra trabalhadores

Em meio às comemorações pela aprovação da desumana Reforma da Previdência, Bolsonaro, o Congresso e a grande mídia querem arrancar ainda mais sangue de milhões de trabalhadores e pobres com novos ataques. A sanha de explorar e massacrar ainda mais nossas vidas é imparável.

quarta-feira 23 de outubro de 2019 | Edição do dia

É possível ver em cada manchete dos grandes jornais nacionais a escorrer a saliva dos grandes capitalistas diante do ataque histórico à classe trabalhadora brasileira que significa a aprovação da Reforma da Previdência. C omo se não bastasse atacar brutalmente às condições de vida de milhões impedindo a aposentadoria ou a transformando em penúria, esses grandes empresários privilegiados e exploradores querem mais e vão ao delírio com as promessas feitas por Bolsonaro e Guedes, no entreguismo asqueroso do governo posto de pé pelo golpe institucional e as manobras bonapartistas do Judiciário.

Veja: Bolsonaro, a grande mídia e os golpistas comemoram o fim da aposentadoria dos trabalhadores

Os editoriais comemoram, mas destacam com igual afinco suas ressalvas. Falam de “pesar”, de que se tratou de um primeiro “passo” ou mesmo da suposta “insuficiência” da Reforma. Dizem que é preciso ir além, com um alvo claro sobretudo nos trabalhadores dos serviços públicos, não aquela minoria privilegiada de fato, de salários milionários e que estão entre a mesma elite que governa, no alto escalão da máquina estatal fazendo com que ela sirva a interesses alheios aos trabalhadores e pobres. Não. Querem atacar os direitos elementares da maioria, daqueles que ainda possuem um trabalho onde não são lançados à ultra exploração modelo Uber. Querem arrancar cada um dos direitos que foram conquistados por anos de luta aguerrida, contando inclusive com um saldo de mortos entre os que ousaram defendê-los em tempos repressores. E isso significará não só rebaixar no conjunto as condições de trabalho, mas afetar ainda mais a oferta dos serviços mais elementares como educação, saúde e assistência social.

E nesse novo episódio do show de horrores que se transformou a política nacional não só o presidente e seu ministro, capachos dos sanguessugas imperialistas, atuaram. Não ficam atrás os dirigentes do Congresso Nacional, Maia e Alcolumbre, que buscam se postular como alternativa ao governo na já anunciada corrida eleitoral, mas que na essência confluem no acordo de que deverão ser os trabalhadores a pagar os altos custos da crise dos capitalistas, amargando ainda mais no desemprego e na precarização do trabalho, agora com o golpe cruel da imposição de que a maioria vai trabalhar literalmente até morrer, sem o justo direito à aposentadoria.

Não podemos aceitar que joguem com nossas vidas. Quando dizem que precisamos dar nosso sangue devemos responder que essa crise não foi criada por nós. O governo Bolsonaro e os golpistas que se aliam na sede de atacar ainda mais os trabalhadores estão preocupados com os ares de luta de classes que vem tomando conta da América Latina nos últimos dias e podemos responder a investida reacionária contra nossos direitos com a resolução dos trabalhadores do Equador, Chile, Haiti e de outros lugares do mundo onde o grito de guerra foi lançado. Estes trabalhadores e estudantes dão o exemplo para nós e de como enfrentar os ataques de Bolsonaro e dos capitalistas. São eles ou nós, porque nossas vidas valem mais que o lucro deles.




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