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Polícia Assassina | Após fuzilar criança de 6 anos em Porto de Galinhas, PM aumenta repressão na cidade

Na quarta-feira (30/03), a PM matou uma criança de 6 anos na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas (Pernambuco). O assassinato provocou diversas mobilizações populares em seu repúdio, que são respondidas com aumento da violência e repressão policial.

sexta-feira 1º de abril de 2022 | Edição do dia

Os relatos dos moradores da comunidade apontam que a PM chegou atirando e acertou na menina que brincava no terraço da casa de sua avó. A violenta força de repressão do estado de Pernambuco tentou justificar sua ação dizendo que havia suspeitos de tráfico de drogas no local, porém foram desmentidos pelos moradores da comunidade.

Nesta sexta-feira (01/04), os ônibus não estão fazendo seus trajetos completos, evitando áreas com relatos de conflitos. Os comércios amanheceram fechados pelo segundo dia consecutivo. Também houve cancelamento de aulas em escolas.

Ontem, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB, partido no qual o reacionário Geraldo Alckmin se filiou para concorrer como o vice de Lula), através da Secretaria de Defesa Social enviou mais 250 polícias e armamentos para a região. Há denúncias de que a polícia foi autorizada a “cometer todo tipo de barbaridades” nas comunidades.

A ofensiva policial que resultou no assassinato de Heloysa Gabrielle, menina de 6 anos fuzilada no peito enquanto brincava, começou em 17/03 com o assassinato de três adolescentes e crescentes abordagens ostensivas das polícias nas comunidades de Socó, Salinas e Pantanal (Porto de Galinhas).

Imagem cedida pelos pais de Heloysa para a mídia.

Nesta quinta-feira (31/03), depois do enterro de Heloysa, foi realizado mais um protesto organizado pela população, que denunciava a violência e letalidade policial. Ontem já se contabilizam mais de 12 horas de ataques da PM (“tiros, bombas, inúmeras viaturas chegando, helicópteros sobrevoando a casa dos moradores, e tentativas de impedir a comunicação e divulgação das violências através do corte de sinal telefônico e de internet”).

Os moradores se mobilizam e clamam por justiça, pela retirada imediata do policiamento ostensivo de Porto de Galinhas e a devida investigação pelos abusos de poder, ameaças e assassinato das crianças e jovens da comunidade.

Imagem da justa revolta dos moradores com o brutal assasinato, que resultou na queima de um ônibus:

O governador Paulo Câmara é quem comanda essa polícia assassina, que a cada dia acumula mais e mais mortes, majoritariamente trabalhadores negros.

É preciso impor justiça com a força da nossa mobilização.




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