Marcelo Caraballo, de 21 anos foi assassinado depois de uma discussão com o locatário de sua residência, por uma dívida de R$ 100, dado que sua família não tinha conseguido pagar o aluguel completo do último mês.
quinta-feira 10 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Imagem: Reprodução
Em meio aos inúmeros casos de racismo e violência que se sucedem no país, mais um trágico acontecimento foi registrado no dia 3 deste mês, quando o imigrante venezuelano Marcelo Caraballo de 21 anos foi assassinado por uma dívida de R$ 100.
Marcelo vivia com a esposa, quatro filhos e um irmão em um terreno onde pagavam aluguel, cujo pagamento estava atrasado e depois de uma discussão entre Marcelo e o proprietário do local, o mesmo retornou ao local da discussão, em frente a residência de Marcelo, para efetuar disparos e assassinar o venezuelano.
A briga teria sido motivada por uma dívida de R$ 100 reais do aluguel, já que o valor estabelecido era de R$ 500, mas no último mês, a família só conseguiu pagar R$ 400. Sua moradia ficava numa ocupação em Mauá, na Grande São Paulo, a 40 minutos da capital paulista.
O locatário acabou fugindo do local depois de atirar e, mesmo com o Samu sendo acionado pela família da vítima, Marcelo acabou não resistindo aos ferimentos e acabou falecendo com os disparos. Sua família também abandonou o local por medo de novas retaliações, e se refugiou num salão cedido por um vizinho, porém sem renda e dependente de doações no momento.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Mauá, que identificou o autor do crime, decretando prisão temporária do mesmo, que foi detido na última terça-feira (8). O Caso vem sido denunciado por movimentos sociais, sobretudo por tratar-se de mais um caso de violência e xenofobia a imigrantes no país, dias depois do assassinato do congolês Moïse no Rio de Janeiro.
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Este caso escancara a realidade de muitos imigrantes no país que estão sujeitos a condições de vida e de trabalho precárias, sendo cada vez mais agravadas com políticas de ataques e retiradas de direitos por parte do regime, assim como pela violência e pelo discurso reacionário proferido por diversos representantes como Jair Bolsonaro.
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