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JUSTIÇA BURGUESA | Anistia aos ricos, cadeia aos pobres: Janot segue defendendo o acordo com a JBS

Em artigo publicado pela Folha de São nesta quinta-feira (25), Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, volta a defender o acordo de delação premiada firmado pela JBS.

sexta-feira 26 de maio de 2017 | Edição do dia

Em defesa as criticas que vem recebendo sobre o assunto Janot diz que julgar às escolhas do acordo é leviano, “julgar as escolhas do acordo, sem examinar as provas e seu alcance, desconsiderando as circunstâncias concretas”. Segundo Janot a delação revelou crimes graves, o que justificaria dar impunidade aos irmãos Batista.

A lógica do judiciário passa longe de ter alguma lógica de fato. Absolver criminosos por terem informações de crimes graves é na verdade uma desculpa para os pactos feitos com as grandes empresas para garantir os lucros capitalistas.

Janot ainda diz que lamenta ter que fazer acordo em colaboração com criminosos, mas que o caminho tradicional para efetivação da lei tem se mostrado ineficaz. Parece até piada, mas na hora de prender jovens trabalhadores, como denunciado neste diário, ninguém parece contestar a lei.

O ministério público vem sendo alvo de criticas, depois que foram divulgados os termos do acordo com a JBS. Acordo esse que dá imunidade total em relação aos crimes confessados e uma multa no valor de 110 milhões para cada um dos irmãos Batista.

Sabemos muito bem que esse valor não fará real diferença na vida desses irmãos que faturam quase 5 milhões por ano. E que a imparcialidade da “justiça” brasileira é o que permite o encarceramento de milhares pessoas sem julgamento, ou julgamentos severos por “crimes”, pequenos ou inventados, ou até dão força para atuações violentíssimas como a da Cracolândia ou o assassinato da juventude negra nas periferias seguindo a regra de que pela manutenção da “ordem” tudo é permito como foi visto no ultimo dia 24 em Brasília.




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