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MACHISMO EMPRESARIAL | Alezzia, a empresa de móveis que venceu desafio em ser machista

Nesta quinta-feira (17), a empresa Alezzia Móveis, do Rio de Janeiro, ultrapassou os limites de suas jogadas de marketing, se utilizando de corpos femininos para a divulgação de seus produtos. A necessidade de ter um corpo feminino exposto faz inclusive com que coloquem uma mulher de biquíni no meio do mato, segure um cabideiro de aço, sem lógica ou proposta utilitária alguma, desconecta de qualquer que fosse a proposta.

sexta-feira 16 de dezembro de 2016 | Edição do dia

A página recebe avaliações negativas desde 2015 devido à postura machista com as mulheres e, ainda assim, a pessoa que responde os comentários da página, abusa em sarcasmos, ironia e desrespeito com as mesmas. Alexandre do Nascimento, dono da loja, também já esteve agraciar os membros do grupo “Behance Brasil” com sua opinião machista, de que eles, homens, são os melhores na área de design gráfico, pelo simples fato de que são homens.

Na tarde de ontem, a jovem Bruna Bones foi uma das mulheres que reclamaram sobre a postura machista da empresa, e como resposta os funcionários da loja fizeram uma brincadeira de péssimo gosto, desafiando que, se devido a postura, Bruna conseguisse baixar a nota da loja virtual da empresa até 11 de janeiro de 2017, a mesma ganharia R$ 10 mil para gastar na loja.

A garota que divulgou os prints dos diferentes absurdos da página em grupos de mulheres, logo viu repercutir o repúdio a essa pequena empresa, que como muitas outras, naturaliza a condição de objeto atrativo do corpo da mulher e das condições a quais as mesmas acabam por ser reduzidas. Até às 16h de ontem, a Alezzia estava com pontuação de 1.4 estrelas no Facebook e mais de 17 mil avaliações (sendo 14 mil delas, de apenas uma estrela).

Os funcionários, muito provavelmente surpresos com o rechaço que causaram, apelaram para a filantropia para não terem sua pagina com má avaliação, e envolveram a AACD (Associação de Apoio a Criança com Deficiência) para sensibilizar o público a uma boa avaliação, e como se não fosse o suficiente, pediram ajuda também em páginas anti-feministas, de modo a subirem suas avaliações e escracharem, dos modos mais chulos, violentos, porcos e baixos, bem como costumam ser as manifestações de “opiniões” de mulheres e homens anti-feministas e fascistas da direita raivosa.

A objetificação da mulher foi tema recorrente de discussão esse ano, principalmente pelo desenrolar monstruoso que isso expressa na vida cotidiana das mesmas, expostas aos crescentes índices de estupros, feminicídios e agressões em âmbito domestico, bem como, a onda conservadora e odiosa que insiste em reforçar estigmas das maneiras mais violentas em que justifica mais uma vez a necessidade de uma corrente feminista séria e combativa, que não permita esse tipo de situação.

Nós, do Esquerda Diário, seguiremos a denunciar com total repúdio qualquer forma de expressão machista e sexista que tenhamos conhecimento.




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