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"UNIDADE" BURGUESA | Aldo Rebelo, do partido da Força Sindical, defende "unidade pelo Brasil" junto a Alckmin

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quarta-feira 11 de julho de 2018 | Edição do dia

Aldo Rabelo, candidato à presidência pelo partido Solidariedade, que dirige uma das mais mafiosas burocracias sindicais do país (Força Sindical), saiu com um "Manifesto para Unidade", agora da mais pro-patronal central sindical junto dos empresários e em nome dos ataques a nossos direitos. "Unidade" para submeter os interesses dos trabalhadores a agenda golpista.

O discurso de Aldo Rabelo, se concentra em dizer que não é possível outro foco de qualquer campanha que não tenha o objetivo de fazer um governo que gere empregos e renda. Esconde no palavreado a procura de fechar chapa com Alckmin e todos burgueses possíveis para garantir ataques a classe trabalhadora para assim gerar empregos.

Trata-se de versão mais descarada e pró-patronal de discursos de "unidade" que também escondem ataques. Também é o um caso desse tipo o que está sendo ensaiado e reproduzido no "Manifesto Unidade Para Reconstruir o Brasil", assinado pelo PSOL junto com os conciliadores do PT e PCdoB, e também por partidos burgueses como PDT e PSB. Neste manifesto os ataques se escondem detrás de "responsabilidade fiscal".

Na realidade, a característica fundamental dos partidos da ordem é a defesa dos interesses burgueses, contra os interesses dos trabalhadores, povo pobre, negros, mulheres e da comunidade LGBT.

O Solidariedade, dirigido pelo golpista Paulinho da Força e que conta em suas fileiras com outros dirigentes desta central, está em negociações para obter o posto de vice na candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin, junto a partidos da direita tradicional como PPS do ministro Jungmann, PSD de Kassab, entre outros.

Essa unidade que não convence nem no papel, é baseada em uma agenda de ataques aos trabalhadores, pois fala vagamente sem nenhum tipo de consideração concreta sobre em base a que se dará a geração de emprego e rendas. O programa que levanta três pontos, entre eles Aldo diz que ampliar a soberania nacional com o pleno desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e dos meios de defesa do País.

O discurso, no geral, apresenta a defesa cega e irracional, sem nenhum tipo de ação concreta, ou medidas que de fato revoguem os brutais ataques do governo golpista, com a reforma trabalhista que arrancou dezenas de direitos dos trabalhadores e avançou ainda mais na precarização dos postos de trabalho e aumento do lucro dos capitalistas. Reforma essa aue passou com a total cumplicidade das burocracias sindicais da CUT e da CTB, nem falar da Força Sindical, que negociou este ataque diretamente com Temer e as patronais.

Desse ponto de vista, o programa explicita como esta unidade ofensivamente defendida por dezenas de partidos é uma unidade burguesa, que em nenhum dos seus pontos favorece os trabalhadores.

O que nenhuma dessas propostas de tentativa de conciliação dos interesses da burguesia coloca em seu debate é que independente do resultado das eleições de outubro, qualquer candidato que assumir pegará uma economia lesada e será necessário aplicar ataques contra os trabalhadores, para fazer com que a classe operária pague pela crise dos capitalistas. A necessidade de ajuste fiscal que a burguesia irá impor na ânsia de manter seu lucro e a ofensiva do capital financeiro e do imperialismo, exigindo o pagamento religioso da dívida pública.

A unidade que defendemos para responder as demandas dos trabalhadores e dos setores oprimidos é a unidade dos trabalhadores com um programa operário, superando as traições das centrais sindicais, que fizeram e fazem de tudo para impedir que os trabalhadores se construam como sujeitos das mudanças necessárias. O partido de Aldo Rabelo tem como presidente uma figura de uma das centrais sindicais que fazem parte dessas traições sucessivas, que abrem espaço para a implementação dos ataques: Paulinho da Força. Não é surpreendente em nenhum momento, que este partido saia com este programa, que reforça a atuação da Força Sindical e do Paulinho da Força na desmobilização dos trabalhadores e entraves do desenvolvimento da luta da classe trabalhadora.

A verdeira via que pode responder até o final a crise capitalistas de forma consequente é pela mobilização dos trabalhadores em seus locais de trabalho e da juventude nos seus locais de estudo, construindo uma mobilização baseada em um programa operário que possa revogar as reformas e não pagar a dívida pública, um dos maiores mecanismo de saque dos recursos e riquezas nacionais pelo capital financeiro. Um programa que incorpore as demandas das mulheres, negros e LGBT, parte fundamental da classe trabalhadora.




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