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ALAGOAS QUER UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA | Não aceitaremos mordaças

quarta-feira 11 de maio de 2016 | 22:53

Vocês sabem o que significa a “Lei da Escola Livre”, que tanto foi comentada nas ultimas semanas no estado de Alagoas? Pois bem, essa é uma lei, apresentada pelo deputado estadual Ricardo Nezinho (PMDB-AL), que é uma cópia do Projeto de Lei 867/2015, do deputado do Distrito Federal, Izalci (PSDB-DF), a qual ele chama de “Escola sem partido”. O mesmo projeto de lei, vem sendo apresentado em diversas Assembleias Legislativas do país, em nome de uma suposta neutralidade de ideias. A ciência já provou há tempos que é impossível essa neutralidade dos seres humanos. Somos seres sociais e agimos de acordo com nossas vivências e compreensão de mundo. O que vocês acham que representa a neutralidade para esses deputados que aprovaram a lei? Com certeza representa, no mínimo, a imposição do “pensamento único” (que se diz neutro) da história, da sociologia, da política, da filosofia, da biologia, da física, e de todas as demais ciências, onde impossibilita que a sala de aula seja um espaço de ampla discussão, principalmente sobre os conflitos do nosso cotidiano.

Vocês não acham que esse pensamento único tem interesse em esconder algo? Quantos de vocês conhecem a história de Alagoas, por exemplo? Quantos de vocês sabem quais os nomes das famílias que se perpetuam no poder do estado até hoje? Esses deputados, o governador, o senador, os prefeitos, estão todos ligados à essas famílias que dominam a política alagoana há décadas. E por que não somos nós? Será que não sabemos o que é preciso para melhorar as condições de vida do estado “mais precário” do país? Claro que sabemos. Sofremos todos os dias com as péssimas condições de saúde, educação, moradia, segurança, etc. Nós sabemos o que precisamos, mas eles não estão aí para atender nossos interesses, muito pelo contrário.

No dia 26 de abril, 18 dos 26 parlamentares presentes na Assembleia Legislativa de Alagoas, votaram favoráveis à esse projeto de lei, que visa, nos retirar da discussão do conhecimento científico e nos impor suas verdades cheias de vendas, para não enxerguemos que em Alagoas existe um alto índice de assassinatos à jovens negros e da periferia, um alto índice de violência contra mulheres e LGBT’s. E pior, que em Alagoas existe trabalho escravo (eles querem esconder essa situação, porque além de parlamentares, eles são os patrões).

Por que será que eles querem tanto esconder esses debates? Porque quando a juventude junta suas forças com os trabalhadores não tem governo que se segure.
Setores mais conservadores da sociedade apoiam a lei que cerceia a liberdade para educar, como por exemplo, a Arquidiocese de Alagoas. Mas, grande parte dos professores e estudantes que colocam-se contrários ao projeto e já o chamam de “lei da mordaça”, sendo esse o um dos maiores retrocessos educacionais do século XXI.

É por isso, que nós (estudantes e professores) fazemos um chamado para todos e todas (estudantes, professores, mães, pais e toda sociedade alagoana) para sair em caminhada, no dia 17 de maio, contra a LEI DA MORDAÇA, onde impede que estudantes e professores se organizem diante dos problemas, socioeconômicos, políticos e culturais da sociedade alagoana. Vamos à luta!

Professores e Estudantes do Curso de História da Universidade Federal de Alagoas, escreveram um manifesto contrário à “Lei da Mordaça”. Ele está circulando num abaixo assinado online, para que possamos juntar diversas assinaturas e apresentar ao poder judicário de Alagoas, porque essa lei além de ser absurda, é inconstitucional. Leiam e assinem conosco.

ESTUDANTES E PROFESSORES EM LUTA!
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

#ABAIXOALEIDAMORDAÇA

CAMINHADA CONTRA LEI DA MORDAÇA - 17 DE MAIO
CONCENTRAÇÃO - PRAÇA SINIMBU - MACEIÓ
10 HORAS




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