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GOVERNO FEDERAL | Afif participa de cerimônia com Dilma e diz que eles ’estarão juntos’

Mesmo depois de deixar o governo por conta da reforma ministerial, o ex-ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos participou de um evento ao lado da presidente Dilma Rousseff. Ao final do seu discurso, ele fez questão de expressar a sua lealdade à petista nesta terça-feira, 6.

quarta-feira 7 de outubro de 2015 | 00:00

"Não importa onde estivermos, nós estaremos juntos", disse Afif durante cerimônia no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.

Dilma agradeceu o trabalho do ex-ministro, a quem chamou de "amigo" e classificou como um "batalhador" pela micro e pequena empresa. "Tenho certeza que essa saída vai representar uma volta por cima", disse.

Durante a sua fala, a presidente confundiu Afif com Gilberto Kassab, e acabou chamando o ministro das Cidades de ex-ministro. "É que eu gosto tanto dele (Afif) que não queria que ele fosse ex-ministro", brincou Dilma. Nada mais cômico do que as lamúrias governistas que dizem que "o PT é ainda a melhor arma contra a direita", quando Dilma e Lula dão as mãos aos empresários da direita como Afif.

Apesar de os dois serem do mesmo partido, o PSD, Afif era considerado um ministro da cota pessoal de Dilma. Em maio de 2013, ele deixou o posto de vice-governador do Estado de São Paulo, Estado administrado pelo tucano Geraldo Alckmin, para integrar a administração da petista.

Com a reforma, as atribuições da Micro e Pequena empresa passarão a fazer parte da Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini. Afif, porém, vai continuar colaborando com o governo. Segundo Dilma, ele vai ser o coordenador do programa Bem Mais Simples, lançado em fevereiro com o objetivo de diminuir a burocracia para os pequenos empreendedores.

Afif sempre esteve ligado com o amplo arco de partidos de direita no regime político burguês brasileiro. Em 1980, foi secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo na gestão do então governador Paulo Maluf. Já passou pelo PDS e foi o candidato do PL à presidência nas eleições de 1989. Em março de 1998, Afif tomou posse como o secretário municipal do Planejamento ("supersecretário") da cidade de São Paulo na gestão do então prefeito Celso Pitta. Dois meses depois licenciou-se da secretaria para dedicar-se às articulações entre PFL e PPB em torno da candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf ao governo do estado. Ele havia sido convocado pelo seu partido, o então PFL, para concluir uma proposta de programa de governo a ser apresentada a Maluf.

As alianças do PT, que já não tem limites em favor de manter a estabilidade desejada por todos os partidos da burguesia nacional para aplicação dos ajustes, tem o beneplácito real do Bradesco, do Itáu de Setúbal, das principais federações industriais do país (FIESP e FIRJAN), e além dos contatos íntimos com as mega-empreiteiras do país, empresários da direita neoliberal como Afif também dão lealdade a um governo que, provisoriamente e às custas de vender-se ao PMDB, consegue um fôlego para atacar os trabalhadores.




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