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MOVIMENTO OPERÁRIO | Aeroviários defendem Fora Bolsonaro e Mourão, fazem fotos contra as demissões e em apoio aos profissionais da saúde

O setor aeroviário, além de exposto ao COVID-19, tem sido um dos mais atacados pela crise econômica que afeta o mundo. Já são milhares de demitidos e só cresce o assédio e a chantagem patronal, frente a essa situação que se torna cada dia mais dramática, o comitê de aeroviários discutiu a importância dos trabalhadores se unirem para não aceitar passivamente os ataques e ter uma posição política frente a crise nacional, defendendo o “fora Bolsonaro e Mourão”.

sexta-feira 15 de maio de 2020 | Edição do dia

As empresas aéreas que lucraram por milhões por anos, se aproveitando das reformas trabalhistas para rebaixar os salários e terceirizar serviços, agora impõem um clima de terror aos seus funcionários com a pressão constante de demissão e perseguição por parte da chefia. Ao terceirizar seus serviços, as companhias aéreas lavam as mãos com as centenas de trabalhadores terceirizados demitidos que eram parte fundamental da operação.

As empresas, como a LATAM, fazem uma demagogia constante com os funcionários dizendo que “estão fazendo o possível pelos funcionários”, mas já anunciam a redução da empresa e as demissões “inevitáveis”. Fazem demagogia justamente porque sabem o peso econômico que tem o setor e a força que teria se os trabalhadores parassem e se organizassem. Para impedir a unidade e organização dos trabalhadores as empresas usam de demagogia e repressão, buscando ao máximo esconder dos funcionários a enorme contradição dos altos lucros, e dos altos rendimentos dos CEOs e altos cargos, enquanto os funcionários vivem com salários cortados.

A desigualdade social fruto da concentração de riqueza nas mãos dos empresários e capitalistas, o sofrimento imposto as massas com a doença e o desemprego, são um caldo propenso a explosões sociais, e é disso que as elites mais temem. A situação vivida no setor aéreo é a realidade de vários outros setores, principalmente aqueles que seguem na linha de frente expostos aos vírus. Por isso ressaltamos a importância da solidariedade e unidade entre as categorias, nesse dia 12, dia dos trabalhadores da enfermagem, nos somamos as demonstrações de solidariedade e a luta por EPIs, melhores salários e condições de trabalho para salvar as vidas, e não morrer e se contaminar.

Infelizmente essa unidade tão necessária dos trabalhadores é dificultada, não só pela política patronal que coopta, terceiriza fragmentando as categorias e que pune qualquer iniciativa de luta e organização. Mas também pelo papel das direções sindicais que atuam para facilitar os ataques, ao contrario de organizar as categorias, como vimos nesse primeiro de maio, onde as centrais, incluindo as de direções petistas e do PCdoB, fizeram um ato com FHC, Ciro Gomes e chegaram a convidar Dória!

Essa política de “todos contra Bolsonaro” não pode levar a uma saída favorável aos trabalhadores, qualquer aliança com os governares de São Paulo e Rio de Janeiro – que não podemos esquecer de fatos como a reforma da previdência aplicada por Dória, ou a fala racista do Witzel “mira na cabecinha e atira” – ou com congresso, nem falar com Mourão e os militares que não se cansam de elogiar os tempos da ditadura.

Por isso a saída política para os trabalhadores precisa ser independente lutando contra os ataques e para que os sindicatos voltem a ser um instrumento político de organização, defendendo a reconversão das industrias sob controle operário para produzir insumos para combater o COVID, ao em vez de seguir produzindo para o lucro coisas desnecessárias para o momento. Exigindo a abertura do livro de contas e lucros das empresas que dizem que precisam demitir, readmissão de todos os demitidos dividindo as horas de trabalho sem redução de salário e licença remunerada a todos os setores não essenciais. E defendendo frente a crise política o “fora Bolsonaro e os militares, por uma assembléia constituinte livre e soberana” para de fato colocar nas mãos das amplas massas as decisões de como se enfrentar a pandemia e organizar a sociedade.




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