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PETROBRAS | Adiada no Senado votação do projeto de Serra para o pré-sal, ameaças permanecem

sexta-feira 10 de julho de 2015 | 00:30

Segundo publicado pela Agência Senado, o Plenário do Senado decidiu nesta quarta-feira (8) criar comissão especial para debater o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo de partilha de produção de petróleo da camada pré-sal.

A criação de comissão havia sido requerida por Walter Pinheiro (PT-BA) em 30 de junho e também foi sugerida por Tasso Jereissati (PSDB-CE), após intensa discussão em Plenário sobre requerimento apoiado por 46 senadores que retirava o caráter de urgência na tramitação do projeto, aprovado em 16 de junho.A comissão que examinará a proposta funcionará por 45 dias e terá 27 integrantes, a serem indicados pelas lideranças partidárias.

O projeto de Serra acaba com a obrigatoriedade da Petrobras em atuar com participação mínima de 30% nas operações dos campos do pré-sal. Pela lei atual, a empresa também precisa ser responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção.

No dia 20 de junho, no Rio de Janeiro, petroleiros reunidos na Plenária Nacional para organização dos “Comitês de Base Contra a Venda de Ativos” aprovaram um chamado para que: “os 17 sindicatos petroleiros do país, FNP e FUP, a organizarem um comando de greve e calendário de lutas unificado para derrotar a privatização da Dilma, o PLS de Serra, o desinvestimento, a parada das obras, a venda de ativos, o desmantelamento da Petrobrás”.

Foi chamada para o dia 24/07, data em que haverá uma reunião do conselho administrativo da empresa, uma paralisação de 24h contra os “desinvestimentos” e contra a “Lei Serra”. Os desinvestimentos são um eufemismo petista para privatizações. O conselho de administração da empresa, indicado por Dilma, já anunciou que pretende privatizar ativos no valor de US$ 57 bilhões, praticamente um terço do valor dos ativos de toda a holding.

Para Leandro Lanfredi, petroleiro da Transpetro em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, “é necessário combater tanto a privatização da empresa seja pelo projeto tucano como pelos desinvestimentos petistas, quanto a terceirização e a corrupção. Para isso, nós trabalhadores precisamos lutar por uma Petrobras 100% estatal, administrada democraticamente por nós trabalhadores. Também temos que lutar pelas condições de trabalho e direitos para todos os trabalhadores, inclusive incorporar os terceirizados, que hoje trabalham para a mesma empresa porém em condições muito precárias sofrendo acidentes e demissões em massa




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