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BOLSONARO SE CALA FRENTE A MANIFESTAÇÕES | Acuado, Bolsonaro mantém silêncio até o momento sobre atos contra o governo em todo o país

O presidente Jair Bolsonaro, conhecido por usar as redes sociais para expressar as suas mais grotescas opiniões, está mantendo um silêncio fora do comum em um dia em que se organizam manifestações contra o seu governo em todo o país. São milhares nas ruas, e no Planalto, o medo.

domingo 7 de junho de 2020 | Edição do dia

A primeira manifestação do dia foi em Brasília, local onde há cerca de dois meses um punhado de gatos pingados apoiadores de Bolsonaro se reunia todo domingo para passar vergonha, como os “300” (que na verdade são mais uns 30 mesmo) da fascistóide Sara Winter.

Hoje, contudo, os seus apoiadores a sair na rua foram ainda menos. Provavelmente estavam com medo dos milhares de manifestantes contra Bolsonaro e contra o racismo que ocuparam a Esplanada dos Ministérios. Mas não foram apenas os bolsominions que ficaram assustados: o ensurdecedor silêncio de Bolsonaro em seu Twitter, local onde habitualmente insulta todos os seus oponentes, expressa bem a intranquilidade do presidente com o clamor das ruas.

Deixando como “cão de guarda” o seu filho Eduardo Bolsonaro, que retuitou mensagens que exigiam “tolerância menos que zero” contra os manifestantes, o próprio presidente considerou melhor manter seu silêncio. Sem dúvida, num momento em que até o seu “guru” Olavo de Carvalho o critica abertamente, Bolsonaro deve estar bem preocupado que comecem a surgir manifestações em todos os cantos do país, tomando de diversas capitais, para dizer que não haverá silêncio diante dos absurdos de seu governo.

Após meses negando a importância da pandemia no Brasil, Bolsonaro decidiu esconder os números. Sem dúvida, é o que gostaria de fazer com as manifestações se pudesse. A imprensa patronal, que tradicionalmente diminui, distorce e omite as manifestações, hoje, por mais que não esteja a favor dos manifestantes, está contra Bolsonaro, e tem interesse em apresentar as manifestações – fazendo, é claro, a manobra de separar os “bons” manifestantes dos “maus”.

Até o fim do dia ainda veremos muitas ruas do país tomadas pela revolta contra esse governo e contra o racismo, que tira vidas de crianças negras como as João Pedro e Miguel em nosso país. E, diferente do que fez nos debates presidenciais com seu “atestado médico”, o presidente não poderá escapar de abrir sua boca para falar alguns dos absurdos que pensa. Acompanhe ao longo do dia a cobertura no Esquerda Diário.




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