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Acabar com a previdência e o país: Guedes anuncia maior programa de privatizações do mundo

Depois da cruel reforma da previdência, Paulo Guedes leva a frente o maior programa de privatizações da história do Brasil, com um agressivo plano de privatizações de 132 estatais no valor de mais 400 bilhões de reais. Ao contrário do que diz a retórica neoliberal, os resultados dessa política potencializarão ainda mais os efeitos da crise capitalista na população.

segunda-feira 15 de julho de 2019 | Edição do dia

Em diferentes levantamentos realizados pelo Bradesco BBI (braço financeiro do grupo Bradesco), Credit Suisse e o jornal Estado de São Paulo, preveem que o programa de privatizações e desinvestimentos poderá mover um volume de até, respectivamente, 470, 400 e 450 bilhões de reais, sendo o maior levado a cabo atualmente por qualquer outro país, desenvolvido ou não. E comparado aos governos anteriores, também se torna a maior operação de privatização da história do Brasil.

Esse programa é mais uma das mostras de como esse governo de extrema-direita, filho indesejado do golpismo e da Lava Jato, atua para continuar um programa instituído pelo golpe, a saber: promover ataques maiores que o PT já vinha promovendo, entregar ainda mais o país aos imperialismos.

De acordo com a matéria do estado de São Paulo, existem diferentes operações em curso, entre privatizações, abertura de capital e abertura de concessões que de uma forma ou de outra irão contribuir para o tamanho dos montantes citados:

• Petrobrás: venda de oito refinarias (Landulpho Alves, Abreu e Lina, Presidente Getúlio Vargas e Alberto Pasqualini, Issac Sabbá, Lubnor, Gabriel Passos e SIX), além de diferentes operações de oferta de ações para redução da participação do estado. Cessão onerosa em áreas do pré-sal na Bacia de Santos (Atapu, Búzios, Itapu e Sépia).
• BNDES: Redução da participação em ações da Petrobrás, Eletrobrás, Vale, JBS e outras empresas de capital fechado.
• Caixa Econômica Federal: abertura de capital da Caixa cartões e Caixa previdência, redução da participação da Caixa no Banco PAN e venda de ações do FI-FGTS.
• Eletrobrás: Venda da participação da União na empresa, venda da usina termonuclear de Angra 3.
• Banco do Brasil: Venda de diferentes participações e abertura de capital.
• Concessões de diferentes rodovias e ferrovias.

A justificativa do governo segue sendo a do pagamento da ilegítima, ilegal e fraudulenta dívida pública do Brasil, inclusive por lei todo dinheiro de privatizações deve ser usado com a dívida, ou seja o país se livra de ativos e os donos do país lucram ainda mais. Trata-se de ignorar inclusive que todas essas ações reduziriam a própria capacidade do estado brasileiro de arrecadação, aumentando a necessidade de mais e mais ataque frente às crise.

Esse plano privatista põe a nu como se trata de um governo para aprofundar os ataques à classe trabalhadora, aumentando o que Temer já tinha multiplicado dos ataques de Dilma.

Com a reforma trabalhista de Temer que retirou direitos dos trabalhadores, em um país com quase 14 milhões de desempregados, incluindo 30% da juventude, e que a reforma da previdência tornou a aposentadoria inalcançável para uma parcela da população terá que trabalhar até morrer, avança-se com um programa de ataques que irá mergulhar o país em uma crise ainda mais profunda, enquanto a esquerda reformista do PT, PC do B e também do PSOL apostam no esvaziamento das mobilizações em favor de uma tática de paralisia parlamentar completamente ineficaz.

É preciso que a classe trabalhadora mostre toda a sua força, e para isso é necessário tirar lições da atuação de cada corrente política, sindicato e central sindical no último período, para com estas lições possamos tomar a luta em nossas mãos. Só assim será possível dar continuidade à luta contra a reforma da previdência, contra as privatizações e outros ataques anunciados, bem como seria possível abrir caminho a dar uma resposta de fundo ao problema da submissão do país ao imperialismo, que começa pela luta contra as privaitzações mas deve passar também pelo não pagamento da dívida pública que é uma espoliação do país.




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