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REFORMA TRABALHISTA | Absurdo: bancos propõem pagar PLR menor às mães em licença-maternidade

Os mesmos bancos que operam a dívida pública e extorquem o país com lucros astronômicos preparam o ataque contra as mulheres. Querem diminuir a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) das mulheres gravidas, trabalhadores afastados por doença também perderão direitos.

quinta-feira 23 de agosto de 2018 | Edição do dia

Imagem: Fabiana Tamashiro/ spbancarios

Bancos anunciaram hoje, sexta feira, dia 23 de agosto, através da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) que representa o Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa e outros propôs pagar a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) proporcional aos dias trabalhados para as mulheres em licença-maternidade, e não integral como hoje está previsto na Convenção coletiva de trabalho (CCT).

O enorme ataque às mulheres trabalhadoras se dá no marco de um lucro astronômico dos bancos. O Santander, por exemplo, anunciou que em abril seus lucros cresceram em 25% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior no Brasil. O banco teve 677 milhões de euros só nesses 4 primeiros meses do ano (fonte).

E tem mais. Esse ataque é ainda mais amplo que somente a categoria feminina. Trabalhadoras e trabalhadores afastados por doença ou acidente também terão seu PLR proporcional, ao invés do integral.

Na categoria de bancários as mulheres ganham 23% a menos que os homens e ocupam 49% do total de postos de trabalho (fonte). Apesar de serem mais escolarizadas (80% tem ensino superior completo contra 74% dos homens) e ocuparem o mesmo número de cargos que os homens a desigualdade persiste e aumentará com a decisão.

Esse enorme ataque dos bancos implementando a reforma trabalhista num contexto de golpe institucional é para arrancar com ainda mais força o suor e o sangue das mulheres trabalhadoras. Fazem isso para que não sejam eles que paguem por essa crise.

São esses mesmos bancos que operam a dívida pública, uma verdadeira bolsa-banqueiro, que é o maior mecanismo de submissão do país ao capital estrangeiro. O orçamento da saúde, educação, saneamento, segurança e etc. fica estrangulado para o pagamento dessa verdadeira fraude, com a PEC 55 isso se agudiza, os gastos primários (acima descritos) ficam congelados e toda a prioridade fica para o pagamento de gastos financeiros, que se resumem a gastos com os bancos e os grandes empresários, unidos no chamado capital financeiro.




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