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Eleições 2022 | Abaixo a tutela militar nas eleições em base ao acordo TSE e Forças Armadas

Desde o fim do ano passado, o TSE chamou as Forças Armadas para participar da apuração eleitoral e operar uma verdadeira tutela militar nas eleições.

quinta-feira 20 de outubro de 2022 | Edição do dia

Há tempos, na verdade, a Corte vem ampliando a ingerência militar na política nacional e nos rumos do país. Agora Moraes, presidente do TSE, exigiu 48 horas para os militares enviarem relatório parcial do 1º turno, no que responderam que só enviarão após o 2º turno e justificaram essa decisão em base ao acordo com o TSE. Nesse vai e vem de atritos, pedidos e ameaças golpistas, é preciso relembrar que o STF e o TSE são uns dos principais responsáveis em garantir essa tutela militar criminosa. É preciso rechaçar, com a força da classe trabalhadora em luta, toda e qualquer ameaça golpista, essa tutela militar e a ingerência militar na política nacional!

Esse processo de ingerência teve capítulos decisivos no período recente, como as ameaças de Villas Bôas em 2018 quando o STF votava o habeas corpus de Lula, garantindo que as eleições fossem manipuladas e abrindo espaço para Bolsonaro subir ao poder. Desde então, os militares vem ampliando seus tentáculos sobre o Estado, à frente de empresas públicas, ministérios, drenando orçamento público e acumulando uma lista obscena de privilégios. Agora, graças aos acordos entre TSE e o Ministério da Defesa de Bolsonaro, a alta cúpula das Forças Armadas está tutelando o processo eleitoral. Foram chamados para fiscalizar urnas e darão seu veredicto somente após o segundo turno. A presença militar em decisões políticas nunca trouxe nada de bom para a maioria da população brasileira - vide os anos de chumbo da ditadura e os inúmeros intentos golpistas da turba verde-oliva.

Essa tutela serve para manter as Forças Armadas como árbitros da política nacional - com o intuito de manter seus privilégios absurdos e garantir que as reformas neoliberais sigam fazendo o povo sangrar. Uma operação reacionária que conta com o protagonismo de Alexandre de Moraes, Barroso, o conjunto do STF e do regime político.

Por isso dizemos Abaixo a tutela militar nas eleições em base ao acordo entre TSE e Forças Armadas!




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