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VIDAS NEGRAS IMPORTAM | A rede Carrefour e o histórico de atrocidades desumanas que aconteceram em seus mercados

O assassinato a socos de um homem negro na unidade no Passo D’Areia, em Porto Alegre, reacende mais uma vez protestos contra a rede, que já protagonizou diversos casos brutais, desde o envenenamento e assassinato de um cão por um funcionário, até manter uma unidade aberta com o corpo de um funcionário morto no meio da loja, coberto por guarda-sóis.

sexta-feira 20 de novembro de 2020 | Edição do dia

Na noite desta quinta-feira (19), às vésperas do dia da consciência negra, mais um caso de racismo nas dependências de uma unidade do Carrefour aconteceu. Desta vez, um brutal assassinato à socos de um homem negro, feito por dois homens, um deles funcionário, segurança do mercado, e o outro, um policial militar a paisana.
O caso, entre muitos outros, escancara o racismo praticado dentro da rede, que demagogicamente pede desculpas a cada nova atrocidade ocorrida em seus mercados, mas nunca tomando as providências necessárias ou atitude nenhuma.

O racismo é algo instituído nesta rede e diversos outros casos evidenciam isso, como o caso do técnico Januário Santana, em uma unidade de Osasco, que foi espancado, acusado de estar tentando roubar seu próprio carro. Também, nesta rede, em São Bernardo do Campo, ocorreu uma agressão a um homem negro deficiente físico, Luís Carlos Gomes, simplesmente por ter aberto uma lata de cerveja dentro da loja, mesmo tendo afirmado que iria pagar o produto. Foi perseguido pelo gerente e por um segurança, que o deram um mata-leão.

O histórico de abusos da rede acontece até mesmo com os próprios funcionários, que além de serem explorados em jornadas exaustivas com salários baixos, ainda sofrem assédios ímpares como demissões como retaliação à funcionários que pediram vencimentos de feriados trabalhados, controle de “ida ao banheiro”, prática que foi suspensa por uma liminar da justiça, em Osasco. Também houve o caso de Moisés Santos, trabalhador de 53 anos em Recife (PE), que sofreu um ataque cardíaco, foi a óbito, e o mercado escandalosamente deixou seu corpo em meio à loja, coberto apenas por guarda-sóis, para não fecharem e continuarem lucrando. Após o escândalo que repercutiu o país, o mercado tornou a pedir as velhas desculpas tardias e demagógicas que usa para esconder a violência de sua gestão.

Por último, um funcionário Carrefour, no ápice da crueldade que alguém possa ter, envenenou e espancou um cachorro, a mando do dono da filial de Osasco, por conta de uma visita de supervisores da matriz. O cachorro foi envenenado com chumbinho colocado em uma mortadela, e depois espancado. Foi encontrado, depois, ensanguentado e levado a uma clínica veterinária, mas não resistiu e morreu.

O que se expressa em uma clareza ímpar na rede Carrefour é, antes de mais nada, um reflexo dos ataques capitalistas que vivemos todos os dias, onde empresas fazem barbaridades com a vida do povo, em especial dos negros, das mulheres, dos pobres e dos trabalhadores, que são assolados, humilhados e agredidos diariamente, pelas empresas sejam como consumidores ou como trabalhadores, tudo em nome da manutenção dos lucros dos capitalistas, que passam por cima da própria saúde do trabalhador, especialmente durante a pandemia, para ampliarem seus ganhos, em detrimento da vida dos funcionários.




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