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O OVO DA SERPENTE NO BRASIL? | A práxis do escritor/artista

Cenas preocupantes: Manifestações políticas com cheiro de SA. Figurinos inspirados na Ku Klux Klan. Cenários forrados por cartazes e faixas que pedem o Ato Institucional Número 05. Será que “ o ovo da serpente” (Bergman) está sendo chocado no Brasil?

quarta-feira 24 de junho de 2020 | Edição do dia

Cenas preocupantes: Manifestações políticas com cheiro de SA. Figurinos inspirados na Ku Klux Klan. Cenários forrados por cartazes e faixas que pedem o Ato Institucional Número 05. Será que “ o ovo da serpente”(Bergman) está sendo chocado no Brasil?

A NECESSIDADE DE ESTUDAR HISTÓRIA

Aquele que não tem memória histórica permite que a extrema direita organize as imagens da história por ele.

Abaixo as milícias digitais que disseminam Fake News!

A divisão social do trabalho ainda faz do intelectual/escritor alguém em boa parte vinculado economicamente e ideologicamente á classe proprietária. Mas como todos sabemos, a literatura brasileira encontra um importante polo produtivo entre os escritores das periferias. O trabalhador pode ser um intelectual e o intelectual deve ser entendido como trabalhador.

O PROLETÁRIO ESCREVE!

Gramsci: a necessidade histórica do intelectual orgânico

Trotski: a necessidade histórica da Acumulação Primitiva de Cultura.

Benjamin: é fundamental que o escritor não apenas aborde as relações de produção mas que se posicione dentro delas. O AUTOR DEVE SER UM PRODUTOR.

Precisamos urgentemente de escritores operativos! Autores operativos combatem enquanto autores informantes apenas informam.

Sendo o marxismo uma filosofia da práxis, o trabalho do escritor de esquerda exige uma atuação dentro do movimento dos trabalhadores. A expressão literária de combate é inseparável de um contexto produtivo de classe: o artista é um trabalhador que junto a outros trabalhadores da cultura, precisa vivenciar novas relações de produção. Dinâmica do trabalho cultural: Compartilhar conhecimento, debater, ensinar e aprender. Enfim, agir numa realidade produtiva cujo caráter coletivista gera condições objetivas para a pesquisa, a experimentação, a convivência e a publicação. Inúmeras são as dificuldades materiais. Mas ninguém disse que seria fácil.

Não limitar-se ao conhecimento especializado. A abolição das fronteiras entre escritor e leitor leva também ao fim das barreiras entre gêneros narrativos e linguagens artísticas.

Precisamos de sociólogos que escrevam poemas, de psicólogos que façam jornalismo, de historiadores que façam cinema, de filósofos que escrevam romances, de ficcionistas que produzam filosofia, de matemáticos que façam jornalismo, de biólogos que escrevam contos, de antropólogos que façam teatro, de pintores que façam história etc. Se este modelo de autor é alguém que obviamente se ocupa de palavras, nada impede que ele insira em seu trabalho câmeras, tintas, violões etc.

É preciso buscar no passado referências a serem relidas hoje.

Um exemplo militante:

Asja Lacis: atriz e diretora de teatro letã. “ Uma letã bolchevique de Riga “ nas palavras de Benjamin, o qual a amou intensamente na galáxia dos anos de 1920. Asja Lacis , que se dedicou ao teatro de agitação e propaganda revolucionária, que mergulhou na luta por uma educação socialista, é uma referência ainda pouco conhecida dentro da esquerda brasileira. O autor dessas linhas confessa que sabe muito pouco sobre a artista: geralmente um colunista fornece informações ao leitor. Mas neste caso em particular, o colunista pede informações ao leitor, rs.

(pesquisar, pesquisar, pesquisar, compartilhar, compartilhar, compartilhar)

No Brasil, o trabalhador da cultura luta contra uma era de trevas.




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