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A terceira superterça foi decisiva. Marco Rubio abandonou a carreira republicana, enquanto Trump segue liderando. Clinton obteve as vitórias "morais" que necessitava, porém Sanders não abaixou.

Celeste MurilloArgentina | @rompe_teclas

quinta-feira 17 de março de 2016 | 02:00

Foto: Reuters.

Flórida

Ao final desta edição, se contemplava os resultados das eleições primárias em cinco Estados. Hillary Clinton e Final Trump se impuseram na Flórida, Clinton com 64,5% e Trump com 45,5%. A vitória foi mas impactante do lado republicano porque o sistema de votação dá ao ganhador o total de delegados em jogo, enquanto que do lado democrata, a partilha é proporcional (veja a infografia).

Bernie Sanders acabou com 33,2% dos votos na Flórida, e entre os republicanos Rubio resultou em um triste e distante segundo posto com 27,2% e abandonou seus desejos presidenciais na mesma noite da terça dia 15 com a frase: "Estamos donlado correto, porém não do lado ganhador". Já no dia anterior, o jovem senador da Flórida havia pedido a seus seguidores em Ohio que votassem por Kasich, declarando-se em seus atos de ser quem faz frente a Trump. Acabou seu discurso dizendo: "EUA está no meio de um verdadeiro tornado político, um verdadeiro tsunami e deveríamos já ter previsto". Há uma mensagem mais clara da crise do establishment republicano?

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Ohio

Segue em importância Ohio, pelo número de delegados e pelo peso político do chamado "Rust Belt", um importante cinturão industrial. Embora para as pesquisas Clinton era a óbvia ganhadora, depois da surpresa de Michigan, todos os analistas tomaram com cuidado os prognósticos. A carreira terminou com 59,3% para Hillary e 39,7% para Bernie. Embora é a vitória "moral" que Clinton necessitava os delegados repartiram-se de forma proporcional.

Do lado republicano, em Ohio a luta foi liderada pelo governador John Kasich com 43,3%, seguido por Trump com 34,3%, e Cruz longe com 14,6%. Os republicanos usam o sistema "winner-takes-all" (o que ganha leva tudo), pelo que o popular governador Kasich acabava com todos os delegados. Suficiente para alcançar Trump? Não, porém suficiente para não cair.

Carolina del Norte

Carolina del Norte, com um forte eleitorado negro, terminou com 54,6% para Clinton e 40,7% para Sanders. Embora Clinton ganhe a competição, Sanders volta a confirmar que não é um candidato "exclusivo" de Estados brancos. Como já sucedeu em Michigan, é possível que sua forte liderança entre a juventude volte a a confirmar-se como "transversal" entre latinos e afroamericanos. Entre os republicano, Trump se impôs com 40,5% seguido por Cruz com 34,4%.

Illinois y Missouri

A primeira democrata em Illinois seguia travada com 80% dos votos. Clinton obteve 50,9% e Sanders 48%. O estado de Obama foi um dos poucos em que as pesquisas se aproximaram do resultado final. Embora alguns apostavam que a raiva contra o prefeito democrata de Chicago, Rahm Emanuel, o custou muito mais caro para Clinton, a repartição será muito parecida. Do lado republicano, Trump terminou com 39,2%, seguido por Ted Cruz com 30,9%.

Missouri era uma das vitórias esperadas pela campanha de Bernie Sanders. Com 70% dos votos apurados, o senador de Vermont obtinha 50,7% e Clinton com 48,1%. Além dos delegados, uma Vitória para Clinton seria o final perfeito e para Sanders não irnpara casa com os bolsos vazios. Entre os republicanos, a carreira terminou em empate técnico, com 41,5% para Trump e 41,1% para Cruz.

Leia com profundida sobre Bernie Sanders: La insatisfacción juvenil y el fenómeno Bernie Sanders aqui.

Vitórias, retiradas e perguntas

A eleição do momento e o lugar para os discursos falou-se muito das expectativas da jornada. Trump também elegeu Flórida para encerrar a noite. Como era de se esperar, Kasich não abandonou Ohio para anunciar que mantinha sua candidatura, com mais entusiamo que delegados. Depois da retirada de Rubio, apenas ele e o texano Ted Cruz seguem a carreira. Existe alguma esperança para os que acenderam o sinal de alarme ou é muito tarde para frear Trump?

Clinton elegeu Flórida porque foi o estado que lhe permitiu ampliar a diferença com Sanders, embora tenha esperado consolidar sua vantagem em Ohio para se pronunciar ganhadora. A terça-feira, dia 15 foi sem dúvidas a noite de Hillary Clinton, não porque tenha terminado com a liderança incontestável, porém sobretudo, porque era a injeção de moral que necessitava: impor-se mas primárias mas importantes desta nova Superterça.

É o final de Bernie Sanders? Há tempo que as matemáticas eleitorais não estão do lado de Sanders, porém o que alimenta o #FeelTheBern (como chamam popularmente o impacto de sua campanha) é algo mais profundo, como os mostraram as carreiras ajustadas contra a favorita do partido. É demasiado pronto para decretar o final de sua campanha é muito mais prematuro aventurar o que faram seus seguidores, se Clinton é coroada oficialmente como nominada.




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