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RIO GRANDE DO SUL | A luta contra o governo Sartori precisa de democracia de base

Aqui no RS o estado veio quente e os servidores ferveram. O governo Sartori jogou a crise capitalista, da mesma forma que o governo Dilma, sobre as costas dos trabalhadores.

terça-feira 26 de janeiro de 2016 | 00:00

Aqui no RS o estado veio quente e os servidores ferveram. O governo Sartori jogou a crise capitalista, da mesma forma que o governo Dilma, sobre as costas dos trabalhadores.

Foram inúmeros projetos que tinham como proposta atacar profundamente os serviços públicos e o conjunto da classe trabalhadora no estado, desde parcelamentos de salários, demissões, congelamento de salários por anos e corte de verbas para os serviços públicos.

Diante do anúncio em julho de que o governo não teria condições de pagar o salário em dia os servidores se mobilizaram. Porém mesmo com todo um ascenso histórico como não se via há anos no RS, o governo Sartori conseguiu aprovar todos os projetos aprofundando ainda mais a situação precária em que se encontram os serviços públicos e golpeando profundamente todo o conjunto da classe trabalhadora.

O movimento unificado tal como foi defendido pelas burocracias sindicais não refletiam a vontade da base das categorias, por não existir e não proporcionarem um amplo debate nos locais de trabalho e também pela aliança com a polícia, esta mesma polícia que tanto já massacrou e continua massacrando a juventude e os trabalhadores.

A direção central do Cpers defendeu por todo o tempo essa unidade, conjuntamente com as propostas de pequenas paralisações que concretamente não demonstraram força para fazer o governo recuar, ao contrário, ele avançava em mais ataques. A maioria dos servidores do RS é composta pelos trabalhadores em educação e teria plenas condições de levar a luta mesmo com a fragilidade de outras categorias. Como é de prática as burocracias sindicais e no caso a direção central do Cpers tentou desde o início da mobilização frear a luta, em vez de impulsioná-la.

O ano de 2016 que se inicia será um ano de ainda mais duros ataques do governo Sartori. No dia 20 desse mês reuniu-se em Porto Alegre o conselho geral do Cpers, onde o mesmo aprovou um calendário de proposta para mobilização.

Nós do MRT entendemos que é necessário que as mobilizações se organizem a partir de assembleias em cada local de trabalho (escolas e repartições públicas) com o apoio, principalmente nas escolas, da comunidade e dos secundaristas, para que se expressem diretamente as propostas das categorias para serem colocadas na luta efetiva, representando dessa forma uma democracia operária direta que coloque as demandas dos trabalhadores em educação e demais servidores e que a partir disso impulsione as lutas. Para que isso se efetive é necessário que os núcleos do Cpers dirigidos pela esquerda, principalmente os maiores da capital (38º e 39º) impulsionem a democracia direta pelos locais de trabalho apoiada nos secundaristas para que assim possamos fazer recuar e derrotar o governo Sartori.




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