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Entenda o caso | A conta de luz tá alta? Pagamos R$ 5,2 bilhões a mais e é culpa do governo

Auditoria da CGU mostra que, por cálculos errados do governo, nós brasileiros pagamos R$ 5,2 bilhões a mais em conta de luz entre 2017 e 2020. Além da privatização das empresas de energia, eles ainda fazem projeções erradas cujo excedente sai do bolso do trabalhador.

sexta-feira 29 de outubro de 2021 | Edição do dia

A conta de luz está cada dia mais alta. A crise hídrica, combinada com as políticas de privatização do setor de energia que está de vento em popa, está levando a milhões de brasileiros a deixarem boa parte do salário na conta de luz. Pequenas empresas estão demitindo por causa dos aumentos. A situação está drástica e a responsabilidade é do governo Bolsonaro e também do Congresso Nacional que recentemente aprovou a privatização da Eletrobrás, bem como de governadores que estão rapinando as empresas públicas do ramo de energia elétrica (como é o caso de Eduardo Leite que no Rio Grande do Sul avança na destruição da CEEE).

Agora a nova informação é a de que houve erros nos cálculos feitos pelo governo e pela cúpula do setor elétrico, cuja diferença representa cerca de 5% no valor das contas.

A auditoria feita pela Controladoria-Geral da União concluiu que parte dos valores arrecadados decorre de fatores “sem qualquer relação com o índice de precitipitação”, das chuvas. Ou seja, que há aumento nos valores arrecadados pelo pagamento das contas de luz que não são vinculados ao impacto da falta de chuvas no último período e mesmo em anos anteriores. Dos R$ 5,2 bi, R$ 2,22 bilhões é referente a custos com “frustração de energia” hidrelétrica, pois a capacidade de produção usada como referência pelo governo está desatualizada, as usinas não produzem mais aquilo que dizem, portanto houve custos adicionais criados em cima de uma projeção que não ocorreu. Quem pagou por isso? O governo que criou a projeção errada? Não, fomos nós!

Outro erro é referente à Usina de Belo Monte, pois a produção que era esperada não se confirmou, então o governo teve que comprar a energia de outras usinas, obtendo um custo de R$ 2,3 bilhões.

Um terceiro problema ocorreu devido a atrasos em linhas de transmissão de energia, com R$ 693 milhões gastos a mais. Por não ter como distribuir energia, usinas na Amazônia liberaram água sem produzir energia, tendo que realocar os custos. Quem pagou por isso? Nós, novamente.

O plano não é casual, é típico dos governos precarizarem os serviços a fim de fortalecer suas narrativas de privatizações. Dizem que as empresas públicas são máquinas políticas de gastos, vão abandonando e destruindo as empresas, rebaixando salários, deixando de contratar mais funcionários, retirando direitos e chantageando a população que necessita dos serviços, para no final das contas entregar de mão beijada para algum grande conglomerado empresarial.

Com informações do Estado




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