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PRIVATIZAÇÃO | A boiada de Leite avança: em 2° turno, ALRS aprova fim do plebiscito para vender estatais no RS

Nesta terça (1), os deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovaram o fim da obrigatoriedade do plebiscito para poder vender as empresas estatais Banrisul, Corsan e Procergs. Abrindo o caminho para o Governo Leite seguir com seus planos de rifar os patrimônios gaúchos.

terça-feira 1º de junho de 2021 | Edição do dia

Nesta terça (1°), a Assembleia Legislativa aprovou o fim da necessidade de plebiscito para a privatização de estatais no Rio Grande do Sul. Por 35 votos a 18, os deputados estaduais aprovaram em segundo turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) que dispensa a consulta para a alienação do Banrisul, da Corsan e da Procergs, últimas empresas que dependiam da cláusula do plebiscito para serem vendidas.

Antes de votar a PEC, os deputados rejeitaram, por 38 votos a 16, um requerimento apresentado pela oposição para anular a votação em primeiro turno, realizada em 27 de abril, em que o texto foi aprovado pela margem mínima de 33 votos a 19. O requerimento surgiu após correções no placar da votação, envolvendo o teor dos votos de Neri, o Carteiro (SD) e Dirceu Franciscon (PTB).

Essa aprovação abre mais o caminho para que o governador Eduardo Leite possa aprofundar com seu plano de rifar os patrimônios públicos do estado que atendem a serviços essenciais como a Corsan que atende a distribuição de água e saneamento básico em todo o Rio Grande do Sul. No início deste ano, Leite vendeu a CEEE-D, responsável por distribuição de energia, no valor de R$ 100 mil, praticamente dando de bandeja para os empresários poderem lucrarem em cima de um serviço essencial da população.

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Apesar do discurso neoliberal falacioso de prejuízo, a Corsan obtém lucros ano após ano. Em 2020, a empresa obteve receita líquida de R$ 3,2 bilhões e lucro líquido recorrente de R$ 480 milhões, segundo a própria empresa. É atrás disso que os acionistas estão, bem como de aumentar a tarifa da água e demitir servidores históricos para precarizar o serviço e lucrar ainda mais. Até o momento, apenas a Corsan foi anunciada para ser vendida, mas o Banrisul está na mira de Leite, Bolsonaro, Paulo Guedes e a ganância do capital financeiro que visa lucrar ainda mais.

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Veja abaixo a lista dos deputados que votaram nesse projeto anti-operário.

Votação da PEC 280/2019:

Favoráveis - 35 votos:
Rodrigo Maroni (PMB)
Aloisio Clasmann (PTB)
Dirceu Franciscon (PTB)
Elizandro Sabino (PTB)
Kelly Moraes (PTB)
Luís Augusto Lara (PTB)
Eric Lins (DEM)
Adolfo Brito (PP)
Ernani Polo (PP)
Frederico Antunes (PP)
Issur Koch (PP)
Marcus Vinícius (PP)
Sérgio Turra (PP)
Neri O Carteiro (Solidariedade)
Ruy Irigaray (PSL)
Tenente Coronel Zucco (PSL)
Vilmar Lourenço (PSL)
Fran Somensi (Republicanos)
Sérgio Peres (Republicanos)
Gaúcho da Geral (PSD)
Beto Fantinel (MDB)
Carlos Búrigo (MDB)
Clair Kuhn (MDB)
Gilberto Capoani (MDB)
Vilmar Zanchin (MDB)
Faisal Karam (PSDB)
Mateus Wesp (PSDB)
Pedro Pereira (PSDB)
Zilá Breitenbach (PSDB)
Dalciso Oliveira (PSB)
Franciane Bayer (PSB)
Fábio Ostermann (Novo)
Giuseppe Riesgo (Novo)
Paparico Bacchi (PL)
Any Ortiz (Cidadania)
Dirceu Franciscon (PTB)

Contrários - 18 votos:

Edegar Pretto (PT)
Fernando Marroni (PT)
Jeferson Fernandes (PT)
Luiz Fernando Mainardi (PT)
Pepe Vargas (PT)
Sofia Cavedon (PT)
Valdeci Oliveira (PT)
Zé Nunes (PT)
Eduardo Loureiro (PDT)
Gerson Burmann (PDT)
Juliana Brizola (PDT)
Luiz Marenco (PDT)
Luciana Genro (PSOL)
Dr. Thiago Duarte (DEM)
Capitão Macedo (PSL)
Patrícia Alba (MDB)
Elton Weber (PSB)
Airton Lima (PL)

Não votaram:
Tiago Simon (MDB)
Gabriel Souza (MDB) - Não vota, por ser o presidente da Assembleia




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