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ELEIÇÕES 2018 - PAULO SKAF | 9 argumentos para não votar em Skaf e não ser enganado pelo pato da Fiesp

Marcello Pablito seleciona 9 dos muitos argumentos para você não votar em Skaf e não ser enganado pelo pato da Fiesp. Confira.

Marcello Pablito Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

quarta-feira 29 de agosto de 2018 | Edição do dia

Paulo Skaf (MDB) esconde dos eleitores que apoiou os tucanos por muitos anos. Esconde que é do partido de Temer e esconde todo seu papel na implementação de ataques como a reforma trabalhista que entre vários absurdos coloca as mulheres grávidas para trabalhar em locais insalubres. Ele gosta de falar que é preocupado com a educação mas o que ele mais se importa é com os lucros dos patrões. Contra o milionário Doria, o também milionário Skaf, que declarou um patrimônio de R$ 23,5 milhões é uma outra alternativa para que você continue pagando o pato. Aliás o detestável pato para dar o golpe e roubar direitos dos trabalhadores é criação dele. Saiba outros 9 argumentos que listamos aqui para que você possa repassar a seus colegas de trabalho, amigos e familiares.

1 – Os patos amarelos da Fiesp e do Golpe: o emedebista é uma das máximas expressões do golpe no país. A Fiesp, assim como ele, estiveram durante muitos anos aliados ao governo do PT, como expressão do governo de conciliação de classes petista. Entretanto, com a chegada da crise no país e a necessidade da burguesia de descarregar ajustes sobre os trabalhadores, os quais o PT por sua base social não vinha conseguindo implementar no ritmo exigido, a entidade rompe seu apoio e patrocina a campanha do golpe, transformando o pato amarelo em símbolo das manifestações - 5 mil patos foram colocados na Esplanada em Brasília, um pato inflável gigante passou a marcar presença na Av. Paulista, até o almoço dos manifestantes acampados pelo impeachment foi bancado pela patronal. Sob o argumento da “Lei de Responsabilidade Fiscal” defendeu o impeachment, mostrando a importância que tem para ele esta lei criada por FHC junto do FMI e honrada pelos governo do PT, uma lei que rouba dos gastos sociais para entregar fortunas aos donos da dívida. Além disso, nas mídias a Fiesp patrocinou inúmeros anúncios para mostrar que não estava disposta a “pagar o pato”, sua adesão ao golpe era para fazer com que apenas os trabalhadores pagassem pela crise.

2 - A agenda do golpe: após a efetivação do golpe e a ascensão de Temer, Skaf e a Fiesp tornaram-se um dos fiadores da agenda de contrarreformas do novo governo. Skaf junto aos seus colegas empresários e através da patronal fizeram campanha pela implementação da reforma trabalhista, buscando emplacar o discurso de “modernização das relações de trabalho” e de “geração de empregos”, que vemos confirmado seu fracasso hoje. Não satisfeito com esses ataques, durante a campanha pela aprovação da reforma da previdência prometeu a Temer atuar junto aos empresários para pressionar os deputados pela aprovação. O alinhamento de interesses entre Skaf e Temer não é fortuito, em 2011 aceitando convite pessoal do então vice-presidente, o lobista da indústria se junta ao PMDB, aliança que nas eleições busca esconder.

3 - O barão da indústria e dos super benefícios do estado: sem nunca ter ocupado um cargo político, Skaf é conhecido unicamente por seu longo período à frente da Fiesp, da qual foi eleito presidente em 2004 e permanece desde então - atualmente pediu licença para disputar as eleições. Entretanto, em sua gestão a empresa vai à falência. Encastelado na presidência da entidade o político é um lobista dos industriais atuando para a garantia dos interesses de sua categoria e de interesses pessoais. Como exemplo das relações perniciosas entre Estado e capitalistas, uma de suas indústrias foi a falência em 1999, o montante da dívida com a União chegava a mais de R$ 1 milhão entre impostos atrasados e dívidas trabalhistas, anistiado pelo Refis Skaf fez um parcelamento a se perder de vista, seguindo o faturamento da empresa, em 2001 a parcela chegou a míseros R$12.

4 - Raio privatizador: à semelhança de Doria, Skaf também vê nas privatizações a solução mágica para tudo. E é. Para os empresários amigos deles. Para a população significa serviços escassos e caros e um roubo das riquezas do estado. Em todas as áreas de governo são citadas como diretrizes as PPPs (Parcerias Público-Privadas) -desde a área de saúde até na construção e gestão de presídios -, que nada mais são do que formas de transferir dinheiro aos empresários e garantir seus lucros.

5 - Denúncia de corrupção: diante da crise de representatividade, o político é mais um que tenta se passar por alternativa de renovação. Entretanto, mesmo nunca tendo ocupado um cargo político possui envolvimento em casos de corrupção, foi citado na Lava-Jato por ter recebido R$ 2,5 milhões da Odebrecht através de caixa dois.

6- Violência policial e representatividade, o combo patronal de 2018: sua escolha para vice, uma tenente coronel da PM, demonstra sua intenção eleitoral de se aproximar da base de Bolsonaro, como também de oferecer aos empresários uma promessa de repressão e violência contra os pobres, nordestinos e negros – principais vítimas da PM. A escolha de uma mulher também demonstra a tentativa de cooptação da questão da mulher, mas passando longe de temas como a legalização do aborto.

Entre suas propostas para a área de segurança estão: intensificar o policiamento ostensivo, melhorar e equipar os serviços de inteligência da polícia, a privatização dos presídios e aumentar a “guerra às drogas”. Isso só pode significar mais negros presos sem julgamento (número que alcança 32% da população carcerária em SP) e mais violência policial na periferia. Reivindica a ação da PM do estado, uma das mais letais do Brasil e do mundo, e promete melhores instrumentos de repressão a ela, além de entregar os presídios para que os empresários lucrem com a população carcerária.

7 - Uso de recursos públicos do sistema S para se autopromover: Skaf, que também é presidente do Sesi, Senai e Sebrae, é alvo de diversas investigações por se valer dessas instituições para promover sua campanha. Desde o uso publicitário para sua campanha de propagandas financiadas pelas instituições até a interferência em obras em redutos políticos seus. Conhecido pelo nome de sistema S, tais instituições tiveram o funcionamento desenhado ainda na década de 40 e funcionam a exemplo da contribuição sindical -abolida pela reforma trabalhista-, com seus recursos sendo provenientes do desconto da folha salarial dos trabalhadores. Entretanto, a administração dos recursos é privada, cabendo a tais instituições. Portanto, Skaf se vale do dinheiro público para buscar se autopromover.

8 - Desenvolver SP? Que nada! Dinheiro para os patrões: como liderança da indústria ele cita em seu programa a proposta da criação de uma Política Industrial Paulista, que nada mais é do que uma política para subsidiar ainda mais os capitalistas. Apesar da retórica, a preocupação não é a criação de empregos, mas a entrega de mais dinheiro a seus pares da indústria, vitimados pela desindustrialização do país, e em especial do estado paulista.

9 - O programa dos capitalistas X o programa da classe trabalhadora: em cada ponto do programa de Skaf, se expressa em sua candidatura os interesses de sua classe: desde apoiar os ajustes sobre a classe trabalhadora com a reforma trabalhista e da previdência, passando pela defesa da repressão da PM, até os subsídios a seus pares da indústria. Em contraposição a todos esses pontos é necessário que os trabalhadores expressem as suas saídas para a crise do capitalismo em nosso país, em especial num contexto de eleições manipuladas pelo Judiciário e a Lava Jato. Precisamos de uma voz anticapitalista nestas eleições que levante a voz contra o roubo dos recursos do estado e do país com a dívida pública, um roubo que é depois usado para cortar da saúde, da educação e enquanto milhões sofrem o desemprego. Uma voz que defenda os direitos da população votar em quem ela quiser. Defendemos o direito de quem quiser votar em Lula possa fazê-lo, mesmo que não apoiamos o voto em nenhuma candidatura do PT, que abriu caminho à direita e aos golpistas, aliando-se não somente a reacionários como a Skaf, o rei do patos da Fiesp.




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