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8M - USP | 8M: Estudantes e trabalhadores devem lutar juntos contra a terceirização do bandejão

Neste 8 de março a Secretaria de Mulheres do SINTUSP está chamando um ato, ao meio dia em frente ao bandejão central, contra a terceirização do setor de louça bandejão central, de longe o que tem o trabalho mais pesado, onde inclusive recentemente trabalhadores romperam dois ligamentos tamanho esforço.

terça-feira 6 de março de 2018 | Edição do dia

Ano passado a reitoria aprovou, por cima de bombas e trabalhadores, estudantes e professores agredidos pela polícia, o projeto de “parâmetro de sustentabilidade” chamada pelos trabalhadores de PEC do fim da USP, que congelou a contratação de funcionários por 5 anos. A Universidade, porém, já trabalha com um contingente de funcionários menor do que o necessário para funcionar. O que acarreta no fechamento de alas do hospital universitário, no cancelamento de matérias por falta de professores e na sobrecarga de trabalho nos demais setores da universidade. Isso, no bandejão, se reverte em funcionários com doenças causadas pelo esforço repetitivo.

Hoje, cerca de 70% dos trabalhadores do bandejão estão com seus corpos destruídos pelas condições de trabalho impostas pela reitoria. Os planos de demissão voluntária (PDV) e o congelamento de contratação fez com que o quadro de funcionários fosse reduzindo e hoje, algumas mulheres não conseguem sequer levantar o braço para pentear os cabelos após a jornada de trabalho.

O objetivo com a PEC do fim da USP está sendo colocado em prática. Com a impossibilidade de contratar funcionários via USP aprovado pela reitoria, a saída é enriquecer empresários contratando empresas terceirizadas para prestar estes serviços. Ou seja, os novos funcionários que irão desemprenhar estes trabalhos pesados receberão bem menos e terão menos direitos que os funcionários via USP. Precarizando ainda mais o trabalho e os corpos dos funcionários que são em sua maioria mulheres negras.

Esse plano da reitoria está totalmente alinhado com o projeto golpista, que quer nos fazer trabalhar até morrer em situações precárias com a já aprovada Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. Através da terceirização, que no nosso país tem rosto de mulher negra, o governo quer descarregar em cima dos corpos dos trabalhadores o peso da crise econômica, enquanto enriquece os empresários.

Por isso, se faz mais do que necessário, nós estudantes, lutarmos aos lado dos trabalhadores contra os ataques da reitoria e do governo, que está reservando para o nosso futuro os as piores condições de trabalho, com os menores salários. Atacando diretamente as mulheres, que estão nos setores mais precários com jornadas duplas ou triplas, somando o trabalho doméstico.

Nós do Grupo de Mulheres Pão e Rosas e da Juventude Faíscaatendendo ao chamado da Secretaria de Mulheres do SINTUSP convidamos todos os estudantes da USP, as entidades estudantis, DCE e CA’s e os coletivos feministas de curso a se somem nessa luta em defesa dos trabalhadores do bandejão, contra a terceirização, as reformas de Temer e os ataques aos trabalhadores. E pela efetivação dos trabalhadores terceirizados sem a necessidade de concurso público.

Link do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1208385822631351/




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