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ATAQUE AO PIBID | 70 mil alunos e 5 mil escolas ficarão sem o PIBID a partir de março

quinta-feira 8 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Em novo comunicado oficial, o Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Forpibid) se manifestou contra os cortes das bolsas PIBID em todo o país, segundo a nota divulgada, o término previsto para o fim de fevereiro implica na extinção de 70 mil bolsas e contratos de parceria com mais de 5 mil escolas.

Segundo já vinha sido anunciado por Carlos Lenuzza, diretor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ligada ao Ministério da Educação, a instituição decidiu por não prorrogar as bolsas referentes ao PIBID e PIBID Diversidade. Na prática o que já vem acontecendo é que estudantes de diversas universidades estão sendo comunicados do término de suas bolsas, não há vestígios de que novos editais se abram para novos ciclos aonde o programa foi encerrado.

Segundo o ForPibid não justificações sérias para o corte das bolsas: "É fato que há previsão orçamentária para os programas em 2018, como apresentado pela DEB/Capes/MEC em reunião realizada com FORPIBID, em janeiro de 2018. Portanto, não há argumentos nem pedagógicos, nem orçamentários. Desse modo, não se apresentam razões plausíveis e fundamentadas para a interrupção do programa."

Diversas faculdades já vinham fazendo chamados a “colaboradores voluntários” para o PIBID e o ataque a esse programa, e consequentemente a formação de professores, já vinha de anos. Para os alunos seguirem com o programa até o final de sua vigência era necessário que se voluntariassem a participar, sem receberem nada por isso, nem mesmo uma ajuda de custos para locomoção até a escola aonde faria o estágio.

Como já tínhamos anunciado, o plano da CAPES, do MEC e do Governo Federal é encerrar o PIBID substituindo esse programa pela Residência Pedagógica. O que está implicado no caso é terminar um programa de formação de professores que oferece uma bolsa - ínfima de R$ 400 reais, mas que ajuda os estudantes - por outro programa com o mesmo número de alunos, porém, sem nenhuma bolsa.

Nas palavras do diretor da CAPES “A necessidade da prática tem que estar no currículo de todos nossos alunos. Assim, da mesma forma que acabar ou diminuir com as bolsas não tem cabimento, mas também limitar a participação do Programa à bolsa também não tem. As vagas da Residência Pedagógica não serão limitadas pela bolsa”.

O que o Governo Federal, o MEC e o CAPES querem com essa medida é sucatear ainda mais o ensino publico, precarizando um programa para a capacitação de docentes que vinha realizando um importante papel para os alunos de licenciatura. O ForPibid nos convoca a "pleitar uma saída ao MEC", porém, não sejamos ingênuos que uma instituição golpista possa dar uma saída, a restituição do PIBID só será conquistada através da auto-organização dos estudantes.

Imagem: estudantes Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) em manifestação em dezembro/2017




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