×

Minas Gerais | 7 motivos para apoiar a greve dos trabalhadores da educação de Minas Gerais

Os trabalhadores da rede estadual de educação de Minas Gerais estão em greve desde o último dia 9, em luta pelo pagamento do piso salarial e contra o Regime de Recuperação Fiscal de Zema. Aqui listamos 7 motivos para apoiar a greve na educação de Minas Gerais!

sábado 19 de março de 2022 | Edição do dia

1. Os trabalhadores da educação de Minas Gerais estão há 5 anos sem reajuste salarial. Ao longo destes anos a inflação corroeu os salários e o poder de compra da categoria. Há trabalhadores da educação, como os ASBs (auxiliares dos serviços básicos, que fazem a limpeza, merenda e manutenção nas escolas), em sua maioria mulheres negras, que chegam a ganhar menos que um salário mínimo.

2. Um professor ganha R$ 2.135,00 em Minas Gerais, enquanto o piso nacional é de R$ 3.845,00. Zema descumpre a lei federal do piso e também a lei estadual, já que em Minas Gerais o pagamento do piso se refere à jornada de 24h para um professor, como afirma a Lei 21.710 de 30/06/2015. Há verba própria para pagar o piso salarial de trabalhadores da educação, mas o governo Zema segue intransigente no seu projeto de destruição da educação.

3. A luta de professores e estudantes é uma só! Há salas superlotadas e professores têm que trabalhar em 2 ou 3 escolas para que o salário chegue ao fim do mês. Zema vem atacando escolas com a privatização, por meio do Projeto Somar, e com a militarização, implementando o modelo bolsonarista de escolas com gestão da PM ou do Exército também em Minas Gerais. E o Novo Ensino Médio piora a formação escolar dos estudantes, aumenta a desigualdade entre escolas públicas e privadas e diminui a importância de temas como desigualdade, gênero e racismo no currículo.

4. A greve dos trabalhadores da educação fortalece a luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e laica, junto com os estudantes secundaristas e universitários, que também enfrentam cortes e ataques autoritários na educação pelo governo Bolsonaro.

5. Zema quer aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que vai tirar dinheiro dos trabalhadores e do povo para dar aos banqueiros e empresários. Se aprovado, o RRF trará privatizações dos serviços públicos, como a CEMIG e a COPASA, piorando e encarecendo os serviços. Para os servidores, significará congelamento dos salários, progressões de carreira e concursos por até 9 anos. Além disso, o RRF também inclui um teto de gastos estadual, que limitaria os investimentos nos serviços públicos, como saúde e educação.

6. Um desembargador que ganha quase R$ 40 mil por mês e não foi eleito por ninguém tenta colocar a greve na ilegalidade. É mais uma mostra do autoritarismo do judiciário, que ataca os trabalhadores e é cúmplice do governo; uma casta privilegiada que vive na fartura e chega a ganhar até 400 mil reais em um único mês. Atuam sempre em defesa dos ricos e poderosos, como fizeram garantindo a impunidade para a Vale e a Samarco pelos seus crimes em Minas Gerais, e em 2021 a empresa divulgou lucro recorde de R$ 121 bilhões. Em defesa do direito de greve e contra o autoritarismo do judiciário!

7. Se os trabalhadores da educação vencem na greve, isso fortalece outras categorias para lutarem por reajuste nos salários. A inflação vem corroendo o poder de compra de todos os trabalhadores, que pagam o custo da crise enquanto os grandes empresários e o agronegócio seguem ganhando fortunas. Os salários dos trabalhadores deveriam ser reajustados mensalmente conforme a inflação. Chega de pobreza e fila do lixo!

Compartilhe também no Instagram 7 motivos para apoiar a greve da educação.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias