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Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

quinta-feira 27 de agosto de 2015 | 01:47

Confirme sua presença no evento do Facebook e siga a construção do Encontro: https://www.facebook.com/events/620288968074329/

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1) O Brasil com Dilma foi vendido como um avanço para a luta das mulheres, só que não. Rifou nossos direitos para manter alianças e hoje aplica um plano de ajustes fiscais que tira nossos direitos. A água está pouca e cara, os alimentos só sobem de preço, a conta de luz nem falar, e o transporte parece um assalto. E é bem possível que você ainda seja demitido por conta da crise econômica. Não dá pra aguentar tudo isso calada, é preciso se organizar. Se Dilma não é resposta, a direita também não é. Por isso, precisamos de uma alternativa independente, e é com este objetivo que construiremos o Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas.

2) No ranking de países que mais assassinam LGBT no mundo, o Brasil é campeão. A cada dia 15 mulheres são mortas e a cada 10 minutos uma mulher é estuprada. A Lei Maria da Penha não mudou esta realidade. Na Argentina gritaram: nenhuma a menos! No Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas queremos trazer esse grito pra cá com a presença de Myriam Bregman, deputada nacional que apresentou o Plano Nacional de Emergência Contra a Violência Às Mulheres. O Encontro irá retomar também exemplos de como organizar a luta contra a violência às mulheres nos locais de trabalho e estudos.

3) Cunha, Feliciano, Bolsonaro e outros são inimigos das mulheres e LGBT. Enquanto destinam seu ódio, milhares de Jandiras morrem por abortos clandestinos em todo o país. Laura Vermont morreu por ser trans, João Donati por ser gay, Adriano por ser gay. Quantos mais? O Encontro do Pão e Rosas quer lutar para que cada pessoa possa ser o que quiser, queremos nosso direito à identidade de gênero e por isso lutamos pela aprovação da lei João Nery.

4) Se as mulheres não tem o direito ao aborto, é preciso dizer que também não tem o direito à maternidade. Sem um sistema único de saúde 100% estatal não há saúde para todas. Sem educação sexual e distribuição gratuita de contraceptivos seguros e de qualidade não há prevenção. Enquanto isso as mulheres são obrigadas a recorrer a abortos clandestinos, que pra grande maioria significa morte ou mutilação. O Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas quer lutar pra organizar este debate nos locais de trabalho e estudo, como já estamos fazendo, para organizar uma grande campanha pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito.

5) Querem aprisionar nossa juventude e roubar nosso futuro. Mas em 1968 os jovens se rebelaram, então nós queremos nos rebelar também e resgatar o espírito que lutava pela liberdade sexual e pela aliança entre estudantes e operários. Esta batalha estamos dando em vários centros acadêmicos, e o Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas vai contar com centenas de estudantes.

6) A precarização tem rosto de mulher, e no Brasil tem rosto de mulher negra. Destroem nossos corpos, roubam nossas vidas. No Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas teremos a oportunidade de ouvir relatos de mulheres do telemarketing, de restaurantes, creches, fábricas, do metrô, dos correios, bancárias, comerciárias, terceirizadas, donas de casa, empregadas domésticas e tantas outras contando sua luta diária contra a exploração.

7) De todas estas lutas, as mulheres e LGBT precisam de uma alternativa revolucionária. No Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas vamos debater exemplos de outros países, como a Argentina onde as companheiras do Pão e Rosas que são deputadas ganham como uma professora e foram 70% na chapa em Buenos Aires para as últimas eleições primárias, invertendo a cota feminina. E vamos debater também propostas de como lutar por uma alternativa revolucionária no Brasil diante da crise do PT.




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