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RIO GRANDE DO SUL | 5 propostas para derrotar Sartori e Marchezan com a força da mobilização

A crise política nos governos de Sartori e Marchezan, a força da greve dos educadores do estado e dos municipários de Porto Alegre, a mobilização dos rodoviários da Carris e o amplo apoio popular que essas lutas despertam coloca na ordem do dia a possibilidade de derrotar o projeto golpista no RS.

terça-feira 24 de outubro de 2017 | Edição do dia

Apresentamos a seguir, de forma sintética, algumas propostas e considerações que acreditamos que podem ajudar a dar um salto de qualidade na mobilização e abrir o caminho para uma vitória contundente contra os governos antipopulares no Rio Grande do Sul.

1. Um grande ato político contra Sartori e Marchezan

A causa dos servidores estaduais e municipais de Porto Alegre é a causa de todo o povo gaúcho. Sartori no estado e Marchezan na capital são governos rejeitados pela maioria da população, enquanto as greves contam com ampla simpatia popular. Até agora não foi convocado nem pelo CPERS, nem pelo Simpa, nem pelas centrais sindicais ou entidades estudantis, um grande ato político, que chamasse a população e a juventude a marchar lado a lado com os municipários e servidores estaduais contra Sartori e Marchezan. Um grande ato em Porto Alegre, convocado em horário propicio e com grande agitação por todos os meios, com ônibus vindos de todo o estado, seria uma oportunidade para uma primeira grande demonstração de força e unidade dos servidores públicos com toda a classe trabalhadora do RS.

2. Um dia de greve geral no Rio Grande do Sul

As condições são favoráveis também para a convocação de um dia de paralisação geral em todo o estado, unificando a luta contra Sartori e Marchezan com a luta contra os ataques do governo Temer, como a reforma trabalhista que entra em vigor no dia 10 de novembro. Uma paralisação assim, convocada pelas centrais sindicais teria grande impacto, poderia unificar mais uma vez, como no dia 28 de abril, algumas categoria chave do estado e paralisar novamente os transportes na capital, através da aliança com os rodoviários que também estão se mobilizando e sob forte ataque do prefeito. Essa proposta já foi aprovada por iniciativa dos professores do Nossa Classe no 1º núcleo do CPERS de Caxias do Sul. É preciso coloca-la em avaliação de todos os núcleos, do comando estadual e da assembleia de municipários na quarta-feira e pressionar as centrais sindicais.

3. Unificação das pautas e das atividades cotidianas, comandos de mobilização unificados

Essas duas medidas teriam que ser parte de um plano de luta unificado, coordenado a partir de Porto Alegre, que tem um peso político decisivo como capital do estado. Comandos de greve e de mobilização unificados entre servidores estaduais, municipais e rodoviários em cada região, incluindo também os servidores das universidades federais, que aprovaram greve para 10 de novembro. Unificar as pautas e as atividades com a população, como panfletagens em terminais de ônibus, por exemplo. Coordenar os atos regionais, com os piquetes de municipários e a vigília da Carris. Em todo estado pensar atividades que unifiquem a greve dos servidores estaduais com mobilizações em outros setores, a exemplo do ato realizado em Caxias do Sul, na universidade, com a participação de professores da rede estadual.

4. Plenária das oposições

Até agora a direção majoritária do Simpa e do CPERS, ambas nas mãos das mesmas forças políticas – PT e PCdoB – não tomaram nenhuma medida efetiva para unificar as lutas ou para convocar a população a se mobilizar. Da mesma forma, CUT e CTB se mantém imóveis. Essas direções não apostam nas greves como ferramenta para derrotar Sartori e Marchezan. As utilizam como parte da campanha eleitoral de 2018, tendo como grande objetivo recuperar o controle do governo do estado. Se as oposições não se colocarem à frente, mais uma vez PT e PCdoB vão trair ou desmobilizar as greves. No CPERS a oposição tem um peso que poderia ser decisivo, pois dirige os dois núcleos da capital e a maioria da região metropolitana. Também no Simpa as diferentes correntes de oposição tem um peso qualitativo na base da categoria. É urgente a convocação de uma plenária unificada das oposições, incluindo os rodoviários e outras categorias como bancários. Assim seria possível coordenar uma forte exigência às centrais sindicais majoritárias e ao Sindicato dos Rodoviários, e já tomar medidas efetivas de unificação das lutas e convocação de atos em Porto Alegre, que é justamente onde a oposição é mais forte e tem força de convocação.

5. Campanha por um plano dos trabalhadores para enfrentar a crise do estado

Organizar, a partir das oposições e também das bancadas de parlamentares do PSOL, que tem apoiado as lutas, uma grande campanha de agitação política contra os pacotes de ajuste fiscal e privatização de Sartori e Marchezan, propondo medidas próprias da classe trabalhadora para enfrentar a crise do estado. Nós apresentamos como proposta algumas medidas, como o confisco dos bens dos grandes sonegadores e a estatização sob administração dos trabalhadores de todo o sistema de transporte, para que sejam os ricos e não os trabalhadores que paguem o custo da crise.




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