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5 motivos para não votar em Márcio França, herdeiro de Alckmin e cúmplice dos ataques tucanos

segunda-feira 26 de outubro de 2020 | Edição do dia

Quarto colocado nas pesquisas eleitorais, Marcio França que tentou se posar de progressista nas eleições passadas para governador, nessa tentou buscar abertamente o apoio de Bolsonaro, removendo sua máscara "nem de direita, nem de esquerda". Sem conseguir o apoio do reacionário presidente, que preferiu ficar com o candidato mais identificado ao seu reacionarismo em Russomanno, França também perdeu a frágil credibilidade que tinha com o eleitorado progressista que via nele algum vislumbre de progressismo.

Ainda assim, França possui 10% das intenções de voto, por isso listamos aqui motivos para não restar dúvidas de que o pessebista sempre foi cúmplice dos ataques aos trabalhadores:

1) O oportunismo eleitoral da velha política

A busca de França pelo apoio de Bolsonaro foi apenas o episódio mais recente do oportunismo do candidato em sua trajetória política. O advogado despontou para política em São Vicente, sua cidade natal, onde se elegeu prefeito a partir de uma chapa composta pelo PT. Logo encontrou abrigo no governo de Alckmin, primeiro na Secretaria de Turismo em 2011 até se tornar vice do governador tucano, tendo sido cúmplice em todo o processo de desmonte dos serviços públicos, como da saúde e da educação, bem como das privatizações.

2) Militarização da juventude: alistamento de jovens à GCM

Durante sua prefeitura em São Vicente, França implementou um programa reacionário sob o pretexto de combater a marginalização dos jovens, o mesmo programa que quer agora replicar para São Paulo. O programa prevê o alistamento de 40 mil jovens de 18 anos que ficarão subordinados à Guarda Civil Militar do município, segundo França com o intuito de “cumprir tarefas” que não especifica, além da instrução por parte da GCM. Com um programa assim, não à toa França buscou o apoio de Bolsonaro, o ex-capitão do Exército assinaria embaixo da militarização da juventude que o programa propõe.

3) Auxílio emergencial em troca de trabalho precário

As semelhanças entre França e Bolsonaro não param por aí. O auxílio emergencial tornou-se um consenso em meio a crise sanitária e econômica. O candidato propõe o auxílio no valor de R$ 600, mas bem diferente de uma renda básica e universal para ajudar os trabalhadores, ele impõe como contrapartida serviços de jardinagem e zeladoria a serem feitos. Basta lembrar que a proposta original de Bolsonaro e Paulo Guedes para o auxílio era de R$ 200 e com a mesma contrapartida de trabalhos precários proposta por França.

4) Internação compulsória na Cracolândia junto ao apoio religioso

França é mais um dos que propõe como solução para a Cracolândia o autoritarismo, com internações compulsórias de usuários, e a religião. França não chega ao cúmulo de Joice Hasselmann de propor tornar a Cracolândia numa “Cristolândia”, mas para ele preferencialmente o apoio médico tem de vir junto ao apoio religioso.

5) Cúmplice da gestão tucana

Nas eleições para governador França buscou rivalizar com o tucano Doria e seu programa privatista, mesmo tendo sido cúmplice em mais de 8 anos das gestões tucanas em SP, marcadas por ataques aos trabalhadores e privatizações. Alckmin via França como seu herdeiro e continuador de seu legado. Um legado de anos de obras paradas e corrupção a frente do Metrô de SP, o desmonte na educação pública com o congelamento de verbas e investimentos na Universidade de São Paulo, o fechamento de salas de aula, o escândalo da merenda nas escolas estaduais, a dura repressão aos jovens estudantes secundaristas, a demissão em 2014 de 40 metroviários




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