×

Justiça para Marielle | 4 anos sem respostas: Quem mandou matar Marielle? Como impor justiça?

Hoje completam-se 4 anos do brutal assassinato de Marielle e Anderson. Seguimos sem justiça e sem saber quem são os mandantes do crime. Como podemos impor justiça?

segunda-feira 14 de março de 2022 | Edição do dia

Hoje completam-se 4 anos do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Um crime político que segue sem respostas: quem mandou matar Marielle? A demora em solucionar o caso demonstra quanto é do interesse do estado que esse crime bárbaro não seja solucionado. Somente pela força da mobilização das mulheres, negros, juventude e o conjunto da classe trabalhadora é que se conseguirá de fato solucionar o caso.

Foram inúmeras provas “perdidas”, forjadas ou destruídas, mudanças de direção da condução do caso, denúncias de interferências de todos os lados, além de uma queima de arquivo de Adriano da Nóbrega, morto em meio às investigações que chegavam ao Escritório do Crime comandado por ele.

Essa falta de resposta não é acidental. O Estado é responsável por esse crime, tem relações com as milícias e o crime organizado por diversas vias, e mesmo com pessoas diretamente implicadas no crime, que integram as fileiras da mesma polícia e possivelmente outras instituições que deveriam investigar o assassinato, buscando sempre não levar de fato à resolução do crime e à justiça.

O assassinato de Marielle ocorreu durante a autoritária intervenção federal no Rio de Janeiro, instituída pelo governo golpista de Temer e comandada pelo reacionário general Braga Netto, hoje ministro da Defesa de Bolsonaro e cotado como seu possível candidato futuro a vice-presidente. Recentemente, o próprio Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro, disse que recebeu ajuda dele em 2009.

Tudo isso torna ainda mais categórica uma definição que insistimos como Esquerda Diário desde os primeiros dias depois do brutal assassinato: O Estado é responsável.
Não é possível, portanto, acreditar que a justiça para Marielle e Anderson virá de bom grado deste mesmo Estado. Não é possível atingir justiça apenas esperando e confiando ao mesmo Estado responsável pela morte o controle das investigações.
Somente com a força da mobilização vamos arrancar justiça, com mobilizações de rua e outras iniciativas, que, coloque contra a parede o Estado e obrigue a dar respostas.

É preciso que, no curso da luta, batalhemos por uma investigação independente, e que lutemos para impor ao Estado que ele garanta as condições desta investigação, com a disponibilização de recursos, materiais, arquivos, etc para organismos de direitos humanos, peritos especialistas comprometidos com a causa, parlamentares do PSOL, representantes de organismos de direitos humanos e de sindicatos, para que estes possam, também, estar a par e fiscalizar toda a investigação e impedir o abafamento do caso. O PSOL e o conjunto da esquerda precisam convocar essa luta.
Somente assim poderemos ter resposta sobre esse crime brutal, e conquistar justiça para Marielle e Anderson!

Marielle, presente!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias