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30J: A juventude e os trabalhadores precisam parar o Brasil

Após alguma vacilação, a maioria das centrais sindicais reafirmou a convocação do dia 30 como o dia em que “vamos parar o Brasil”. A menos de uma semana para o dia da nova greve geral, nós jovens precisamos mais do que nunca tomá-la em nossas mãos para que ela seja efetiva, afinal não dá para deixar a luta pelo nosso futuro nas mãos de quem vacila.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

segunda-feira 26 de junho de 2017 | Edição do dia

Os golpistas seguem buscando uma maneira de nos fazer pagar pela sua crise. Esse é o objetivo das Reformas Trabalhista e da Previdência que estão a todo custo tentando aprovar no Congresso. Nós que já enfrentamos o desemprego e os cortes de gastos da PEC55, não aceitaremos pagar por essa crise capitalista que não criamos. Não vamos trabalhar mais e até a morte para manter os privilégios dos grandes empresários.

Dentro da crise nas alturas, Temer balança mais não caiu, a casta dos políticos e a do Judiciário seguem disputando entre si, enquanto figuras como Lula e FHC parecem buscar um novo pacto nacional que faça passar a agenda de ataques e derrote o movimento dos trabalhadores e da juventude. Mas, enquanto os capitalistas e seus representantes tentam resolver por cima como responder à crise, a luta de classes não para e através da nossa organização, com os nossos métodos, nós podemos virar o jogo.

Para fortalecer nossa organização de base é que nós da Faísca – Juventude Anticapitalista e revolucionária estamos fazendo uma forte campanha nacional junto aos trabalhadores. Nos muros, nas portas das fábricas, nas garagens e metrôs, em cada escola, universidade e local de trabalho nós estamos panfletando e debatendo com a população a necessidade de realizarmos assembleias e organizarmos comitês de base para organizar a greve geral do dia 30. Não ficamos esperando pelas direções burocráticas que estavam diluindo a data da greve e não organizando a luta desde a base, como estão fazendo a CUT e CTB, ou, ainda pior, dizer que ela deveria ser repensada, como faz a Força Sindical.

A UNE também não tem mobilizado a base dos estudantes para unir a juventude à classe trabalhadora na próxima greve geral. No último ConUNE, foi aprovada uma carta da entidade rumo à greve geral, que mais enaltece as Diretas Já como saída do que coloca a greve geral como a alternativa capaz de derrubar Temer, barrar e revogar as reformas e avançar no sentido de conquistas reais para a juventude e os trabalhadores. A entidade, sob direção da UJS/PCdoB, Kizomba/PT e, agora, do Levante Popular da Juventude, tem sido tão burocrática quanto as centrais sindicais, passando por fora da organização estudantil nas escolas e universidades, sem agitação da greve nem realização de assembleias que possam parar a educação junto aos professores e outros setores.

Nós não estamos interessados nos seus acordos por cima ou em pressão parlamentar, queremos a organização de um plano de luta efetivo pois já mostramos a nossa força no dia 28 de abril e nesse dia 30 podemos fazer uma greve ainda maior.

Os trabalhadores e a juventude precisam construir uma alternativa política independente da burguesia e do projeto de conciliação petista, pois essa é a única forma para que possamos derrotar efetivamente as reformas. Essa alternativa não virá das reacionárias eleições indiretas como setores da burguesia chegaram a cogitar. Também não virá de eleições diretas, que servem para recompor o regime, como defendem FHC e a Frente Ampla por Diretas Já, composta por partidos burgueses como o PSB, pelo PT e por setores da esquerda como PSOL e Mais.

Para nós, a construção dessa alternativa passa por batalhar para impor pela força da nossa mobilização eleições para uma assembleia constituinte livre e soberana, onde possamos debater a fundo como poderemos avançar para resolver efetivamente os problemas que nos atingem e fazer com que sejam os capitalistas aqueles que paguem pela crise. Uma constituinte que teria como primeira tarefa anular todas as reformas e ataques de Temer, Dilma, Lula, FHC e Collor. Avançando para a cobrança de impostos às grandes fortunas, reestatização das empresas privatizadas e estatização de todas as empresas envolvidas nos esquemas de corrupção, fim do pagamento da dívida pública e pleno emprego para todos, com divisão das horas de trabalho sem redução de salários e a efetivação de todos os terceirizados. Buscando dar uma saída real a todos os nossos problemas. Nessa constituinte, nós como ala anticapitalista e revolucionária defenderíamos também que é necessário que os trabalhadores e jovens avancem para acabar com toda exploração e opressão, por meio de um governo de trabalhadores em ruptura com capitalismo.




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