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24M EM CAMPINA GRANDE | 24M em Campina Grande: paralisações ativas, debates de estratégia e ato político

No mesmo dia das históricas mobilizações que ocuparam Brasília (DF) contra as reformas previdenciária e trabalhista e os ataques do governo golpista institucional de Temer contra os trabalhadores, o povo pobre, a juventude e as mulheres neste 24 M em Campina Grande (PB) também realizaram um conjunto de atividades políticas.

Shimenny Wanderley Campina Grande

quinta-feira 25 de maio de 2017 | Edição do dia

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Isto se dá depois da poderosa greve do dia 28 de abril que apresentou a força da classe trabalhadora na cidade e no país, no marco de uma crise orgânica. Em Campina Grande os docentes realizaram paralisações, tanto na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que se encontra atualmente em greve por tempo indeterminado desde o dia 12 de abril, como na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) fortalecendo a mobilização do 24 M.

Desde cedo, às 07 h, houve uma panfletagem no portão principal da UFCG e às 09 h a Comissão de Mobilização da Associação dos Docentes da UFCG (ADUFCG) organizou um debate político sobre a atual conjuntura política do país, que contou com a presença de Gonzalo A. Rojas, Professor de Ciência Política da UFCG, por Esquerda Diário, o professor Marcio Caniello, da Unidade Acadêmica de Ciências Sociais da mesma universidade e atual presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Campina Grande e David Lobão pela CSP-Conlutas, quem também é militante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

A mesa debate, que será objeto de uma matéria específica, se converteu num verdadeiro debate de estratégias sobre a conjuntura política nacional, polarizando as diferentes saídas políticas para a crise entre Constituinte Já! ou Diretas Já! o que também permitiu desenvolver com clareza a proposta de Esquerda Diário e o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) sobre o tema.

Depois desta mesa debate, o Comitê contra as Reformas Trabalhistas e da Previdência de Campina Grande, realizou uma panfletagem a partir das 13 h na fábrica Alpargatas no setor industrial da cidade.

Posteriormente a jornada de luta concluiu com um ato político ás 16 h na Praça da Bandeira no centro da cidade onde participamos com independência política como Esquerda Diário, onde panfletamos a declaração política do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores sobre a crise nacional e Gonzalo A. Rojas, em nome de Esquerda Diário e o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT), realizou uma fala política.

Neste sentido de forma sintética expressou que é preciso aproveitar a divisão dos de cima para barrar as reformas, exigir que de forma urgente as centrais sindicais construam uma poderosa greve geral com a luta. No país existe uma luta inter-burguesa muito forte, expressas pelo Judiciário e a rede Globo por um lado e Temer e parte do regime político pelo outro, que é uma disputa por cima, onde os trabalhadores devemos manter a independência política destes dois blocos burgueses, já que estas duas frações das classes dominantes brigam para ver quem tem melhores condições de nos atacar. Frente as propostas de Diretas já!, ou de Constituinte exclusiva, defendeu a necessidade que seja imposta pela mobilização uma nova Assembleia Constituinte Livre e Soberana, articulando a luta contra as reformas com a luta política pela derrubada do golpista institucional de Temer para impor eleições para a mencionada Assembleia Constituinte Livre e Soberana.

Consideremos que é preciso uma Assembleia Constituinte para poder revogar todas as leis aprovadas pelo governo de Michel Temer e revogar também todas as leis antipopulares aprovadas por todos os governos desde a Constituinte de 88. Sendo a nossa uma luta por uma saída política de fundo para os trabalhadores e a juventude através de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela mobilização.

A defesa dessa constituinte deve ter uma perspectiva anticapitalista e transicional, com base na luta de classes contra os ajustes, os cortes para educação, contra as demissões e as perdas salariais que aumentaram a exploração do trabalho nos últimos meses, ataque aos direitos de propriedade dos capitalistas, liquide o pagamento da fraudulenta dívida pública, imponha que todo juiz ou político de alto escalão seja eleito, revogável e receba o mesmo que uma professora, estatize sob controle operário as empresas estratégicas e rompa relações com o imperialismo, realizando uma radical reforma agrária que o PT nem sequer começou em 13 anos.

Deve servir, portanto, não para recomposição do regime político e sim para sua superação sendo conquistada pela mobilização dos trabalhadores e juventude.

Neste sentido desde Esquerda Diário tivemos uma intervenção ofensiva em Campina Grande (PB) neste 24M.

É hora de derrotar as reformas, Greve Geral e Constituinte já !




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