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21 são denunciados por MPF por homicídio qualificado em Mariana

quinta-feira 20 de outubro de 2016 | Edição do dia

Vinte e um (21) integrantes da cúpula da Samarco e representantes da Vale e da BHP Billiton foram denunciados pelo Ministérios Público Federal (MPF) por homicídio qualificado com dolo eventual - quando se assume o risco de cometer o crime - pela morte de 19 pessoas com a queda da barragem da mineradora em Mariana, que completa um ano no próximo dia 5.

Até o momento 18 mortes foram confirmadas. Um corpo ainda não foi encontrado. Todas as vitimas eram moradoras de Bento Rodrigues e funcionarias da Samarco.

É possível que os denunciados sejam submetidos a júri popular. Entre eles estão Ricardo Vescovi (diretor-presidente da Samarco) e representantes do conselho da Samarco por indicação da BHP e Vale, entre os quais estão um sul-africano, dois estadunidenses, um australiano e um francês.

O procurador chefe da força-tarefa que apurou o rompimento da barragem da Samarco, José Adércio Leite Sampaio, afirmou durante a apresentação do resultado das investigações, que aconteceu na tarde desta quinta-feira em Belo Horizonte, que a tragédia ocorreu porque a empresa deu prioridades aos lucros ao invés da segurança.

Com base em laudos que sustentaram a denúncia, segundo o procurador, houve ao longo de toda a existência da barragem, inaugurada em 2008, provas que a estrutura poderia romper, e mesmo assim esperou-se o pior, pela ganância capitalista centenas perderam suas casas, e contaminaram o solo de todo uma região.

Segundo o MPF os motivos da ruptura foram os mesmos anunciados pela Polícia Federal, Civil e o Ministério Público Estadual. Sendo o principal a obra feita pela Samarco na área da ombreira esquerda da barragem.




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