sexta-feira 26 de fevereiro de 2016 | 02:00
O ano letivo de 2016 no Estado de SP que já iniciou em meio à crise do chamado merendão tucano, conta com o fechamento de várias salas de aula, muitas delas em escolas na região do ABCD.
200 das 1160 salas fechadas até o momento no Estado de SP estão na região do ABCD, demonstrando o projeto de reorganização mascarada de Alckmin. Algumas escolas estão com horário reduzido, como a EE Professor Nélson Pizzotti Mendes, em Santo André, em que os estudantes passaram a entrar na aula às 7h50 e não mais às 7h.
Destas 200 salas fechadas, 45 salas são de escolas de São Bernardo, 40 de Santo André, 53 de Diadema, 52 de Mauá e 15 de Ribeirão Pires, outras duas escolas em Rio Grande da Serra e uma em São Caetano também foram afetadas, o que vem prejudicando muito os estudantes do período noturno, que já trabalham durante o dia para se sustentar ou ajudar na renda familiar e são transferidos para o período da manhã.
Das cerca de 200 escolas que foram ocupadas no Estado de SP em 2015, 25 delas são da região do ABC (12 em Santo André, 4 em Mauá, 2 em São Bernardo, 4 em Diadema, 3 em Ribeirão Pires). Foi possível barrar o fechamento destas escolas, mas o governo Alckmin insiste no projeto de reorganização pela via do fechamento de salas e na precarização do ensino, aumentando o número de alunos por sala. Para o ensino médio, as classes são formadas por 40 estudantes, número que pode ser ampliado em 10%, após resolução publicada pelo Diário Oficial do Estado em janeiro deste ano.
É preciso lutar pela qualidade do ensino, com no máximo 25 alunos por sala, nos espelhando no modelo de escola organizado pelos estudantes nas ocupações em 2015 e ir contra a precariedade que o governo quer nos impor.
