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19J | 19J: vamos às ruas contra Bolsonaro e Mourão sem ilusões em Lula e sua política eleitoral

Neste sábado haverá centenas de novos atos pelo o Brasil e no mundo. Essa data foi convocada tardiamente pelas as entidades e movimentos sociais como Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, que marcaram as manifestações 20 dias depois do 29M como forma de garantir que os novos atos sirvam somente ao desgaste de Bolsonaro para fortalecer Lula rumo a 2022. Porecisamo lutar pelo Fora Bolsonaro, Mourão e militares e confiar na força dos trabalhadores e estudantes unificada para enfrentar o regime do golpe.

sábado 19 de junho de 2021 | Edição do dia

No último dia 29 de maio milhares de pessoas tomaram as ruas do país, colocando uma inflexão na conjuntura política. É somente a força da mobilização dos trabalhadores que pode enfrentar Bolsonaro e Mourão, mas o Congresso Nacional e os governadores, que junto ao STF são responsáveis por meio milhão de mortos e inúmeros ataques, como a reforma administrativa e os avanços das privatizações como a Eletrobras que teve sua privatização aprovada recentemente no Senado.

Neste sábado haverá centenas de novos atos pelo o Brasil e no mundo. Essa data foi convocada tardiamente pelas as entidades e movimentos sociais como Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, que marcaram as manifestações 20 dias depois do 29M como forma de garantir que os novos atos sirvam somente ao desgaste de Bolsonaro para fortalecer Lula rumo a 2022. Além da demora, as centrais sindicais como a CUT, dirigida pela PT, convocou para o dia 18 de junho (sexta) um suposto dia de mobilização nos locais de trabalho, que quase não existiu e serviu somente para que essas direções burocráticas pudessem dizer que levantaram as demandas dos trabalhadores e, assim, separarem essas demandas da luta contra o governo nos atos de sábado. Assim as centrais sindicais mais uma vez não unificaram a luta e não mobilizaram a classe trabalhadora desde as bases, contando com a convivência da UNE para esta política.

Essas entidades buscam canalizar toda a raiva contra Bolsonaro para a estratégia eleitoral do PT e de Lula rumo às eleições de 2022, fazendo com que esses atos sejam bastante controlados para que não se desenvolvam em processos abertos de luta de classes mais amplos. Isso ocorre ao mesmo tempo em que Lula busca alianças com a direita e os golpistas para as eleições, reunindo Sarney, FHC, Maia e Kassab, ao mesmo tempo que convoca os atos deste sábado e cinicamente diz estar pensando se estará presente ou não. Além de fazer acenos aos capitalistas sobre a privatização da Caixa Econômica, sem questionar as reformas aprovadas até aqui.

O perdão de Lula aos golpistas não apresenta uma alternativa para a classe trabalhadora e a população, pois se aliar com essas figuras que aprovaram a reforma da Previdência, a reforma trabalhista, a lei do teto de gastos e muitos outros ataques é justamente o caminho que nos trouxe até aqui, abrindo espaço para o golpe institucional de 2016 e para a eleição de Bolsonaro. Apesar da retórica de Lula que demagogicamente fala inclusive em revogar o teto de gastos, a situação econômica também é bem diferente do período em que ele governou o país, quando houve um boom econômico e algumas concessões puderam ser feitas para os trabalhadores e aos mais pobres, ao mesmo tempo em que garantia os lucros dos capitalistas. Na atual situação de crise econômica não há margem para uma política assim, e o que Lula se propõe neste momento é administrar o regime político fruto do golpe institucional.

Por isso não podemos ter nenhuma confiança em Lula e na sua estratégia eleitoral, que não se propõe a enfrentar os ataques que Bolsonaro e os golpistas aprovaram e seguem aprovando. Neste dia 19J vamos às ruas não somente contra Bolsonaro e Mourão, mas também contra os militares, que são parte da sustentação desse governo, e contra todas as alas desse regime, como o Congresso, o STF e os governadores, que junto com Bolsonaro responsáveis pelas quase meio milhão de mortes de covid, e também por toda miséria que a população está sofrendo com a fome e o desemprego.

Nós do MRT e do Esquerda Diário, iremos às ruas em várias cidades do país levantando essa perspectiva e exigindo que as centrais sindicais e a UNE rompam com sua política de desgaste eleitoral de Bolsonaro e organizem uma paralisação nacional, mobilizando os trabalhadores e estudantes nos seus locais de trabalho e estudo para se enfrentar com os interesses dos capitalistas para apontar um caminho que faça com que sejam os capitalistas que paguem por toda essa crise.

Veja também o editorial do MRT: A esquerda institucional e a busca de um caminho de subordinação ao PT




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