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PARALISAÇÃO NA EDUCAÇÃO CONTRA ATAQUES | 15M: colégios privados tradicionais de RJ e BH vão parar

Professores de diversas escolas particulares do Rio de Janeiro de Belo Horizonte irão paralisar suas atividades nesse dia 15, quarta, aderindo ao chamado .de paralisação nacional contra a reforma da previdência de Temer

terça-feira 14 de março de 2017 | Edição do dia

No Rio de Janeiro, os professores de distintas escolas anunciaram adesão à paralisação nacional. Eles estão em luta contra a reforma da previdência - como as demais categorias país afora que participarão da greve de 24h - mas também se manifestam contra a reforma do Ensino Médio promulgada por Temer, e contra o projeto da "Escola Sem Partido" (também conhecido como "lei da mordaça").

Confira a lista de instituições que anunciaram participação na mobilização do 15M, de acordo com levantamento feito pelo jornal O Globo:

Colégio São Vicente de Paulo, no Cosme Velho; Colégio Teresiano, na Gávea; Colégio Andrews, no Humaitá; Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat), em Santa Teresa; Colégio Franco Brasileiro e Escola EDEM, em Laranjeiras; Colégio Santo Inácio e Escola Sá Pereira, em Botafogo; Escola Oga Mitá, com unidades na Tijuca e em Vila Isabel; Escola Parque, na Gávea e na Barra da Tijuca; Centro Educacional de Niterói (CEN); Santo Agostinho, unidade do Leblon; e todas as unidades do Colégio De A a Z.

A paralisação foi aprovada em assembleia dos professores da rede de ensino privado dirigida pelo SinproRio. Em algumas escolas, os professores e até mesmo a direção das escolas enviaram cartas às famílias justificando a decisão, como no Colégio São Vicente de Paulo, cujo comunicado enviado aos pais afirma:

"Nós, educadores do Colégio São Vicente de Paulo, vemos a proposta de emenda da Constituição (PEC 287/2016) como um retrocesso em relação aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Portanto, por não aceitarmos a perda desses direitos, acolhemos a orientação de paralisação ao longo do dia 15 de março (quarta-feira), proposta pelo Sinpro-Rio (Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro) e endossada pela Associação de Professores"

De acordo com o SEPE, sindicato dos profissionais da educação pública, a paralisação na rede deverá ser ainda maior do que na privada, com 80% de adesão.

Em Minas Gerais também haverá adesão à paralisação convocada pelo Sinpro-MG. Escolas que já se manifestaram incluem: Colégio Loyola, Santo Antônio, Colégio Santo Agostinho, Imaculada Conceição, Maristas, entre outros.

No caso de Minas, também foram enviadas notas às famílias, em alguns casos pela direção da instituição, como no caso do Colégio Marista Dom Silvério, em que o próprio diretor, Aparecido Camelo, assina a nota que diz:

"Nossos educadores aderiram à Paralisação dos Profissionais de Educação contra a reforma da previdência, que será realizada, amanhã, quarta-feira, 15 de março.

O movimento sindical e social se opõe à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 287/2016, que altera as regras da aposentadoria no país. Outro tema em pauta é a extinção do direito à filantropia, direito adquirido de muitas instituições beneficentes e de caridade que seguem rigorosamente as exigências legais, como escolas, hospitais, universidades, centros sociais, entre outras.

Diante deste contexto e em respeito à decisão dos educadores, deliberamos pela suspensão das aulas do Colégio neste dia. Posteriormente, divulgaremos as datas para a reposição das aulas."




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