Em coletiva de imprensa, Lula chamou Alckmin de "social-democrata" e disse esperar estar junto dele nas eleições de 2022, na semana em que se completam 10 anos do crime cometido pela PM comandada por Alckmin na desocupação do Pinheirinho.
quarta-feira 19 de janeiro de 2022 | Edição do dia
(Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert)
Na entrevista, Lula afirmou que "não teria nenhum problema" em se aliar com Alckmin e que espera que ele "esteja junto, sendo vice ou não", mas que não pode "dizer ainda" por que não sabe para qual partido o ex-tucano irá.
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Lula ainda defendeu Alckmin, falando que se "construiu uma quantidade de defeitos para falar do Alckmin", ignorando a história do ex-governador como alguém que aplicou de medidas de ataque à população paulista, e que comandou uma das polícias mais assassinas do Brasil. O ex-presidente disse ainda que nunca teve problemas com Alckmin e nem com José Serra.
Na entrevista, Lula ainda defendeu as Forças Armadas, afirmando que não pode "balizar as Forças Armadas pelas pessoas que estão no atual governo", buscando passar a ideia de que existiriam setores "progressistas" nas Forças Armadas que ainda hoje comemora o golpe de 1964.
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Lula busca essa aproximação com a centro-direita para impedir que surja um candidato da chamada terceira via ao mesmo tempo que tentar entrar numa parte do eleitorado mais conservador. É uma demonstração de conciliação com a burguesia brasileira muito maior do que foi a carta ao povo brasileiro, uma vez que Alckmin é uma figura simbólica da implementação dos ataques neoliberais no estado com mais peso político do país. O que também significa mostrar que irá manter o fundamental das reformas e outros ataques contra os trabalhadores para garantir o lucro da burguesia.
