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GOVERNO TEMER | 1 ano do presidente golpista

sexta-feira 12 de maio de 2017 | Edição do dia

Em apenas 1 ano na presidência, desde que tornou-se presidente interino após a consolidação do golpe institucional, Michel Temer já levou a frente uma série de ataques à classe trabalhadora e a juventude. Temendo o avanço da Lava Jato e a instabilidade política do governo, frágil pois fruto de um golpe, Temer correu com os ataques. Pressionado pelos empresários a fazer os ajustes de um lado, e pela resistência da juventude e dos trabalhadores que entraram em cena nesse dia 28 por outro.

No final de 2016 o Senado aprovou a PEC 55, que coloca teto nos gastos de saúde e educação pelos próximos 20 anos, foi aprovada às pressas na calada da noite pelo Senado, depois de Brasília ter virado um campo de guerra devido a dura repressão do governo aos atos contrários a PEC. O discurso de todos os Senadores defensores da PEC foi de puro reacionarismo, dizendo que o fazem em nome dos 12 milhões de desempregados, hoje em 14 milhões, como se estes não precisassem do investimento em saúde, educação e nos serviços públicos, e estes gastos fossem responsáveis pelos efeitos da crise sobre os trabalhadores.

Mesmo após o dia 15 de março, em que trabalhadores saíram às ruas para mostrar sua revolta contra a Reforma da Previdência, 15 dias depois o golpista Temer sancionou a PL da terceirização irrestrita. A medida foi aprovada à toque de caixa pela Câmara dos Deputados a partir de uma proposta de FHC que ficou engavetada por muitos anos. Um golpe que atinge em cheio todos trabalhadores brasileiros, em especial às mulheres e os negros que sempre foram a cara do trabalho precário no país.

Apesar desses ataques, esse ano se intensificou a crise dos partidos tradicionais e colocou na cena política a classe trabalhadora organizada. O 15 de Março que já fez Temer tentar manobrar e recuar em pontos do projeto de Reforma da Previdência. Logo depois as centrais convocaram um dia de greve geral para o dia 28 de abril, devido a pressão dos trabalhadores nas bases, e o profundo rechaço ao governo e seus ataques.

Esse dia mostrou a grande força dos trabalhadores que apesar das suas direções que buscam transformar a luta apenas em pressão parlamentar e não para derrotar definitivamente Temer, ainda assim o 28A mostrou a força da classe trabalhadora, esta pressionou as centrais sindicais com toda sua disposição para derrubar as reformas dos golpistas. De norte a sul do país os trabalhadores cruzaram os braços.

Desde então Temer vem testando a correlação de forças dando indícios dos ataques que estava e continua planejando contra os trabalhadores, as mulheres, jovens, negros e negras. O golpista cínico, no seu discurso, declarou que faz um debate “amplo e franco” sobre as reformas, não mencionou a dura repressão policial aos manifestantes marcharam até sua mansão. Esse é o dialogo franco de Temer, a base de tiros e bombas contra trabalhadores e jovens que lutam contra a retirada de seus direitos.

O golpista veio com tudo na reforma trabalhista. E se viu numa encruzilhada, temendo a força da classe trabalhadora tenta garantir o apoio dos deputado acelerar a reforma trabalhista. A precarização e aumento das horas de trabalho combinados com a extensão da idade para aposentadoria de milhares de mulheres e homens trabalhadores, que em resumo, é só parte dos ataques que Temer quer implementar já entre os meses de maio e junho, e para isso está desesperado angariando apoio entre os senadores.

Igualmente desesperado para aprovar a Reforma da Previdência, Temer iniciou as negociatas para aprovar a reforma a todo custo. Na busca desenfreada por apoio dos deputados que temem não conseguir se reeleger se votarem a favor da reforma, o golpista já liberou aproximadamente 1bilhãos para comprar deputados com liberação de emendas, a edição de uma Medida Provisória (MP) para refinanciar dívida de 10 bilhões de latifundiários.

Michel Temer confirmou que o golpe foi contra os trabalhadores e trabalhadoras, contra a juventude, negros e negras desse país. A greve geral do dia 28 serviu para mostrar que temos força para derrubar esse governo golpista, o dia 15 de março e o 28 de abril são as mostras disso.

Os próximos passos é preparar uma nova greve geral até que derrotemos Temer e suas reformar impondo eleições para uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que revogue todos os ataques votados por Temer e pelos governos anteriores do PT e do PSDB.

As centrais sindicais anunciaram no primeiro de maio fazer uma "invasão" em Brasília quando a reforma da previdência for votada. Convocaram uma grande marcha para o dia 24 de maio, em meio a Ocupa Brasília.

Daqui até o dia 19, teremos mais 1 uma semana para potencializar e construir comitês nas fábricas, locais de trabalho e estudo para reunir milhares de trabalhadores e jovens com o objetivo de tomar a luta em suas mãos. Agora é necessário que as centrais sindicais organizem milhares de ônibus, saindo de todos os cantos do país para ocupar Brasília com milhões de brasileiros dispostos a lutar contra a retirada de seus direitos.

Temos 12 dias para potencializar a auto organização dos trabalhadores, em cada local de trabalho através de comitês com delegados eleitos que organizem um plano de lutas e uma nova greve geral, reunindo milhares de trabalhadores e jovens com o objetivo de tomar a luta em suas mãos. A marcha em Brasília não pode servir de palanque para Lula, ou para que o PT se fortaleça frente as eleições em 2018, mas sim para fortalecer a luta dos trabalhadores e fazer com que essa crise seja paga pelos capitalistas.




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