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REFORMA TRABALHISTA E DESEMPREGO | 1,5 milhão de demissões na indústria e no comércio depois da reforma trabalhista

Atualmente o desemprego no Brasil chega a quase 13,7 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo IBGE, mostrando uma das piores faces da reforma trabalhista.

sábado 28 de abril de 2018 | Edição do dia

Ao contrário do que os empresários e os políticos burgueses apontavam quando diziam que a reforma trabalhista viria para gerar empregos, os fatos demonstrados através de pesquisas realizadas pela Pnad Contínua mostram que no primeiro trimestre do ano foram eliminadas 1,528 milhão de vagas de emprego, chegando ao fato de colocar a carteira assinada ao patamar historicamente mais baixo da pesquisa, iniciada em 2012.

O discurso daqueles que defenderam a reforma trabalhista sustentou que, ao retirar a responsabilidade de pagamentos de direitos dos trabalhadores, os grandes empresários fariam aumentar o nível de emprego no setor privado com outros tipos de acordo. No entanto, o número de empregos sem carteira assinada no setor privado também foi reduzido, fazendo com que o número de desempregados no país chegue a quase 14%.

Um aspecto de enorme relevância e que demonstra um fato ainda mais alarmante é que a pesquisa não considera como desocupadas pessoas que realizam algum “bico”, ou seja, se a pessoa trabalhou informalmente em algum local por uma semana ao longo do mês, mesmo estando desempregada, ela não é contabilizada na taxa de desemprego do país no trimestre.

Para qualquer trabalhador do país o aumento da precarização do trabalho e o nível de desemprego é inegável. A possibilidade de gastar menos com direitos em nada garante que os empresários irão contratar mais. Todos os cálculos de investimento dos capitalistas se baseiam em uma única lógica: lucrar cada vez mais nas costas da maior exploração do trabalho possível. a reforma trabalhista abre as portas justamente para isso. Desde a sua aprovação, não param de brotar notícias de demissões em massa e criação de novos contratos baseados na precarização do trabalho.

Os políticos golpistas e os grandes empresários não conseguem sustentar o insustentável: a reforma trabalhista não melhorou a situação do emprego, e na verdade, não representou melhora significativa para nada a não ser para os bolsos e ganâncias de uma casta minoritária de privilegiados capitalistas, ao passo que para a esmagadora população de trabalhadores do país representou um ataque brutal aos seus direitos.

E enquanto esse direito e uma série de outros ataques vêm sendo despejados sobre as costas dos trabalhadores, as centrais sindicais seguem imóveis e fingem não ter nada a ver com a situação. O caminho da luta é o único que pode reverter essa situação, travando uma batalha em cada local de trabalho para a construção de assembleias que tirem um concreto plano de lutas pela revogação da reforma trabalhista e pela derrota da reforma da previdência, assim como outras medidas que imponham que os trabalhadores não estão dispostos a pagar pela crise que os próprios capitalistas criaram.




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