Yasmin completaria 21 anos no próximo domingo (16), mas sua vida foi interrompida pela transfobia. Ela foi atacada num parque da zona leste de São Paulo. Embora o seu corpo tivesse marcas de espancamento, o violento assassinato não foi admitido pelo Estado, que registrou a causa da morte como uma suposta overdose.
Segundo os relatos de um amigo, publicados pela Ponte.org, Yasmin, assim como boa parte das mulheres trans no Brasil, era prostituta, e, portanto, estava ainda mais exposta à violência transfóbica cotidianamente. Não se têm notícias das pessoas que poderiam estar com ela no momento do crime.
O brutal assassinato de Yasmin é reflexo de uma vida de precariedade da população trans no Brasil. Quando não estão nas ruas, expostas a todo tipo de violência física, sexual e psicológica, ocupam os postos de trabalhos mais precários e superexplorados, com baixos salários e também vulneráveis à violência e à opressão.
O Estado, comandado por políticos corruptos, privilegiados e conservadores é conivente com essa violência. Enquanto no congresso ameaçam os direitos conquistados, como o nome social, nas ruas a polícia não admite e não registra os crimes, além de ser parte dos que agridem e matam a população LGBT.
Toda a solidariedade aos amigos e familiares da vítima. Chega de humilhação e violência! Chega de assassinatos LGBTs!
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