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CRISE NA INDÚSTRIA EM ARARAQUARA
Um convite para ação: os estudantes podem apoiar os trabalhadores sem salários e demitidos da IESA e Metalbras
G. P.
Araraquara
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Atonicos os Araraquarenses seguem suas vida pensando em seus futuros, mas uma sensação de insegurança lhes toma o ar. Há dois anos os noticiários vem expondo diversas notícias de demissões, há quase um ano atras em um so golpe Araraquara amargurou mais de 700 demissões no telemarketing, nas industrias têxtil, sucroalcoleira e metalmecanica. Neste ano ainda passamos a entrar nas tristes estatísticas das cidades que mais demitiram no interior paulista, 800 trabalhadores e trabalhadoras. Setores da industria que lideram esses números é o têxtil-vestuario e alimentícios. A fabricantes de roupas Lupo e a fabricante de panelas Nigro iniciaram seus planos de demissão “voluntarias”. Outro problema tem sido a falta de reajustes salariais ou reajuste quase inexistentes, como os 3% da Cutrale em 2015. 200 demissões ainda no setor dos transportes pela privatização da Companhia de ônibus, a CTA.

Em outra situação dramática é a de duas grandes metalúrgicas, IESA e Metalbras. As trabalhadoras e trabalhadores dessas fábricas estão com salários atrasados e demissões e não recebendo direitos. 400 (400!) foram demitidos há duas semanas, SEM NENHUM direito, foram pra casa com uma mão na frente e outra atrás.

No campo da política há os grandes cacifes da cidade. Edinho Silva, ex-ministro pelo PT, tem acusações de utilizar dinheiro de caixa dois vindos da IESA para pagar dívidas da campanha feitas pela ex-tesouraria da campanha Dilma-Temer, o que explica o estranho silêncio do futuro prefeito e do atual Marcelo Barbieri, do PMDB, ligado ao escândalo de superfaturamento de 900% de lousas digitais e articulação da venda da IESA para Huyndai com suas famosas viagens para a Coreia do Sul, e que não falam nada sobre a IESA. Nestes dias ambos em reunião de "rasgação de seda" mútua e discursos de governabilidade para prefeitura, nada falaram efetivamente da vida do araraquarense. Diretores com seus salários em dia, por sinal muito felizes, falam que falta dinheiro para salários dos trabalhadores, mas não falam dos milhões reais de favorecimento que o BNDES lhes deu e nem dos milhões conseguidos pelo superfaturamento de consórcios da Petrobras.

O estado toma lado em meio ao problema das demissões da IESA, não levantam um dedo para o pagamento de salários e outros direitos. Mas recentemente o BNDES aprovou mais recursos para empresas com problemas financeiros, isso significa mais dinheiro para os empresários e políticos, com nenhuma garantia de salários atrasados. Muitos demitidos nem foram procurar seus direitos por tamanho abatimento. A vida não é demissões e a luta uma certeza.

Os trabalhadores da METALBRAS articularam uma greve contra seu próprio sindicato, contra os empresários, contra a polícia que foi amedrontar esses trabalhadores na semana passada, numa greve legítima, pelos seus salários, por seus companheiros, por suas famílias. A greve desses trabalhadores tem potencial, caso unificada com a IESA, de ser um questionamento direto aos ataques do governo golpista do Temer. Por que o "modelo" de empresa desse governo é esse, envolvendo inclusive membros do PMDB.

Entre lutas e entre setores

Os estudantes e professores também estão com a corda no pescoço. A MP do desmonte da educação e a PEC do congelamento do orçamento da saúde e educação fizeram a explosão de ocupações de 226 escolas e anúncio de greve para o dia 17 dos professores do Paraná. Com o caldo de mobilizações e cortes pensamos em um mobilização na UNESP. Não acho que seja o momento de discutir esse tipo de mobilização na UNESP e o tipo de estudante que em momento de maior sensibilidade no país possa utilizar seus conhecimentos acumulados na academia como ferramenta de discussão de luta e de vida dando exemplos da superação dos muros da universidade.

Com a experiência da greve deles podemos pensar ainda outras formas de nos organizarmos e espaço para rica troca de experiências. Para avançarmos contra a crise, a MP 746, PEC 241 e as demissões que nos afetam nos nossos locais de trabalho e estudo, e serão neles que poderemos construir através de assembleias de base, planos de luta e comitês de estudantes em apoio aos demitidos.

 
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