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PSDB
Alckmin ameaça dar apoio a nome anti-Aécio na Câmara
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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A tese de Alckmin é: se Aécio não fizer um gesto demonstrando disposição de abrir espaço a ele no comando da sigla, a ala ligada ao governador poderá dar suporte a uma candidatura alternativa a dos tucanos para à presidência da Câmera, rachando a sigla. O governador paulista saiu fortalecido com a vitória de seu pupilo João Dória para a prefeitura de São Paulo.

Alckmin e Aécio disputam hoje o título de presidente do PSDB nas eleições de 2018. Em entrevista para a Folha, o senador mineiro disse: ’’Não vamos antecipar esse processo. 2018 só vem depois de 2016 e de 2017’’. Sem falar nomes, Aécio disse que o PSDB obteve resultados ’’extraordinários’’ nas eleições deste ano, mas que não adianta ’’só eleger’’

De acordo com o tucano mineiro: "O PSDB teve um extraordinário resultado nessas eleições. Mas isso só se converterá em um ativo eleitoral à frente. Não adianta só eleger, tem que fazer um bom governo, para que tenha um impacto em 2018. A hora agora é de apoiar as reformas do governo Temer. Esse vai ser o passaporte do nosso futuro."

Aécio apadarinha dois nomes para a sucessão do hoje presidente dos deputados Rodrigo Maia: Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA). De acordo com aliados, Alckmin aceitaria endossar esses nomes, se houvesse, em troca, uma sinalização clara de que seu grupo poderá, em maio, assumir o comando do PSDB.

De acordo com o deputado federal Silvo Torres (PSDB - SP): "Acho que o pessoal vai sentar para conversar. Há um tabuleiro e é preciso ver como equalizar, buscando exatamente não dividir nada". O deputado negou negociação nesse sentido. "Acho um desserviço tratar disso agora. Fomentar isso é querer tumultuar o processo. Da minha parte não existe disposição nesse sentido, não existe movimentação".

De acordo com pessoas próxima ao presidente Michel Temer, uma divisão dentro do PSDB acabaria com as chances do partido conseguir fazer o presidente da Câmara dos Deputados, como prevê acordo costurado este ano.

É claro que Geraldo Alckmin continua a sua jornada para lançar sua candidatura para presidência da república em 2018. O motivo do atual governador do Estado de São Paulo querer alcançar vôos maiores é porque ele quer mostrar para os grandes empresários e banqueiros de que é capaz implementar as medidas impopulares para fazer com que os trabalhadores e os setores populares paguem pela crise econômica que o país está passando.

Apesar do governo golpista de Michel Temer ter ganhado uma relativa estabilidade com a votação da PEC 241, esta estabilidade é bastante frágil e não existe garantia absoluta de que ela vai durar até o final. Apesar da Câmara dos Deputados ter votado favorável a PEC, sabemos que existe uma grande possibilidade de ter resistência por parte dos trabalhadores e dos setores populares contra este ataque.

Caso Michel Temer vacile frente a uma possível mobilização contra a PEC 241, Alckmin através das posições conquistada nas eleições municipais tem a pretensão de se colocar como uma alternativa aos grandes empresários e os banqueiros. Para que isto aconteça, o atual governador do Estado de São Paulo sabe que terá que conquistar a maquina partidária que está na direção de Aécio Neves.

Por sua vez, sabemos que o Senador tucano mineiro está desgastado por conta de estar envolvido na lista de Furnas. Ainda que Aécio não tenha recebido nenhuma punição do Judiciário por conta disso, sabemos que se tiver algum problema para que as medidas impopulares sejam implementadas, a Lava Jato pode muito bem queimar o Senador de Minas Gerais.

Por trás desta competição entre tucanos, o prêmio vai ser quem do PSDB será candidato para aplicar estas medidas impopulares que os grandes empresários, banqueiros e a mídia estão reivindicando. Quem realmente sai perdendo com esta são os trabalhadores e os setores populares da sociedade que vão sofrer com estes ataques.

 
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