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ELEIÇÕES 2016 RIO
TRE fiscaliza campanha de Freixo nas escolas, mas e as Igrejas de Crivella?
Redação Rio de Janeiro

O Juiz Marcelo Rubioli, coordenador de fiscalização eleitoral no Rio, está apurando dezenas de denúncias feitas ao TRE envolvendo campanha eleitoral em favor da candidatura de Marcelo Freixo (PSOL), para a prefeitura do Rio de Janeiro. A censura eleitoral à esquerda proíbe a campanha em locais de trabalho feita pelos professores. Mas e nas Igrejas de Edir Macedo, será que não há campanha?

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Uma das dezenas de denúncias envolve uma docente do Colégio Estadual Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos, que foi flagrada em vídeo fazendo distribuindo material da campanha de Freixo dentro da escola. O juiz Rubioli notificou o gestor da escola para apurar quem é a professora; ela, assim como Freixo, podem ser penalizados com uma multa de R$ 25 mil.

Esse é um dos frutos da lei eleitoral cada vez mais restritiva no país: os professores não podem conversar com seus colegas em seu próprio local de trabalho, distribuir material do candidato que apoiam. Ou seja, a campanha militante, construída pelos trabalhadores, a discussão política aberta e franca e o debate de ideias estão proibidos. Nenhuma campanha feita de forma ativa pelos trabalhadores é permitida, seja nas escolas ou universidades.

Enquanto isso, vimos no período eleitoral as páginas dos grandes jornais estamparem entrevistas e matérias pagas dos grandes candidatos dos patrões; vimos a campanha milionária de João Doria em São Paulo arrebatar a corrida eleitoral com uma grande jogada de marketing que vendeu um acomodado milionário herdeiro das capitanias hereditárias como o “João trabalhador”, um representante da política velha e reacionária de Alckmin e do PSDB ser vendido como um “não-político”, mas um “gestor”.

Da mesma forma como a Doria foi permitido fazer sua campanha, enquanto a uma professora de escola pública pesa a vigilância constante do TRT e suas pesadas punições, podemos ter a certeza de que em cada templo da Igreja Universal do Reino de Deus, propriedade do bispo Edir Macedo, tio de Marcelo Crivella, os pastores e bispos estão pregando, a cada culto, os perigos de se votar em um “esquerdista” como Marcelo Freixo. Boatos e campanhas de difamação e calúnias como a que Silas Malafaia faz abertamente em seu Facebook e Twitter se reproduzem aos milhares dentro dos templos evangélicos. Mas as “centenas de denúncias” são dos professores que estão aderindo de forma espontânea e militante à campanha de Freixo, com a esperança de uma candidatura que se apresenta como de esquerda e em defesa dos serviços públicos.

Durante todo o primeiro turno, os candidatos do MRT denunciaram como a censura da lei eleitoral é uma arma para calar as candidaturas dos trabalhadores e da esquerda, e agora isso mais uma vez se mostra em uma fiscalização cerrada que persegue a campanha de Freixo, enquanto dá as costas para o imenso aparato milionário de Edir Macedo, que além de sua Igreja conta com uma emissora de televisão, a Rede Record, para fazer campanha, se não abertamente, pelo menos de forma velada em cada um de seus programas, como no de Wagner Montes, apresentador do “Cidade Alerta”.

 
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