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ARARAQUARA
Proposta de luta para Assembleia do Curso de Ciências Sociais: contra a MP do desmonte da educação
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O presidente Michel Temer e sua cúpula de ministros privatistas e reacionários, vêm continuamente investindo com forte artilharia contra os trabalhadores e todos os demais setores da população pobre.

O governo não dá trégua para os trabalhadores, anúncios dos novos golpes contra os direitos da nossa classe são publicados diariamente, e estão a ponto de serem aprovados.Os políticos golpistas já estão em profunda união de interesses, isso explica a facilidade que possuem em atacar todos os direitos. Mediante o tamanho dos ataques a luta precisa ir no sentido de unir os maiores interessados pelo educação de qualidade, assim só sairá vitoriosa com a união de todos os estudantes em um grande movimento contra os ajustes.

Uma mobilização que pretenda barrar estes ataques e destruir qualquer vontade do governo em continuar retirando nossos direitos, terá que assumir forma em um ampla frente que reúna todos os setores que vem sendo golpeados, para que a reação da classe trabalhadora seja tão unida e forte quanto as ações dos golpistas. Nesse sentido, os estudantes que vem se mobilizando e os que estão começando a construir suas mobilizações em Araraquara precisam tomar a frente na discussão de um plano de lutas que seja comum as pautas secundaristas e as universitárias.

Sobre os ataques e os ajustes

Entre as mais recentes medidas tomadas pelo representates dos banqueiros e especuladores, está a MP 746, que ataca disciplinas de formação humanistica para os estudante com retirada das disciplinas de sociologia, filosofia, artes e educação fisica, privilegiando a ideia de um ensino voltadado aos conteudos estritos ao mercado de trabalho.Institui formalmente a desvalorização das licenciaturas autorizando a “notorios saber”, ou seja, pessoas não formados nessa area do conhecimento poderem dar aula na rede publica. Anuncios de cursos de 5 semanas de professores já ocorreram. Para maiores explicações acesse aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui.

Associado a isso, PEC 241 que aplica o congelamento de 20 anos nos orçamentos da educação e saúde que na pratica de um pais com histórico de altos índices de inflação é na pratica o corte progressivo de recursos precarizando os serviços que compromete a curto prazo a gratuidade, a universalidade do serviço e de gestão publica. Assim, abrindo espaços para conceder essas áreas as Organizações Sociais, que são empresas privadas na pratica.

Para novos ataques, novos métodos e novas concepções de movimento estudantil

Visível nas lutas estudantis, não apenas em Araraquara, é verdade, mas em todo o estado de São Paulo, que as pautas das lutas muitas das vezes se fecham nas pautas específicas a cada setor, até ocorrendo casos de unidades escolares ou universitárias construírem lutas que se limitam a exigir apenas soluções internas, e não somam de forma mais contundente as mobilizações gerais.

As lutas dos secundaristas receberam enorme apoio do movimento estudantil universitário, inclusive com alguns dos seus militantes somando as ocupações que barraram o projeto de reorganização escolar do governador Alckmin, que de inicio iria fechar 96 escolas e milhares classes. Nas ultimas lutas nas universidades estaduais paulistas(USP, UNESP e UNICAMP) que paralisaram quase a totalidade das atividades, os estudantes secundaristas demonstravam seu apoio as pautas grevistas e somavam nos atos de ruas.

Com a greve paralelamente a posse de Michel Temer,que de imediato anunciou mexer com financiamento da saúde e educação, o movimento grevista e suas representações preferiram tratar das questões estritamente internas da universidade (questões urgentes, mas que já se relacionavam com os cortes na educação) e não relacionara com o contexto mais amplo com um projeto de educação. Em seguida, assistimos o governo TEMERário ir implantando suas medidas incendiárias sem que houvesse uma resistência com uma articulação já estabelecida.

Essas representações estudantis tinham dificuldades até em articular uma unificação entre as 3 universidades, e mesmo entre os próprios campus de suas instituições, vista o insucesso dos 2 encontros estaduais que foram construídos pela UNESP. Não é uma surpresa ressaltar que o envolvimento desse setor com os secundaristas foi fraca, em nenhum momento tendo as direções universitárias se disposto a dialogar com os secundaristas uma proposta de ação conjunta, tanto no CEEU quanto localmente em Araraquara. O único espaço que os secundaristas tiveram pra se manifestar na UNESP foi uma única assembléia onde eles somente puderam informar do andamento das lutas pela merenda escolar, e não puderam mais se manifestar no resto da mesma.

O governo possui, apesar das divergências internas, interesse e esforço comum em aprovar as medidas que vão destruir a educação, é chegado o momento de fazer da luta dos setores estudantis uma ação conjunta das nossas reivindicações, dos nossos atos, dos nossos programas. Aos secundaristas de Araraquara é importante retomar o diálogo com o movimento estudantil da UNESP, e às representações da UNESP, é mais do que urgente tomarem medidas que incluam a todos os setores da educação em seus planos de acões, a começar pela discussão de se unificar a luta junto aos secundaristas, levando a ação dos estudantes para além dos portões da FCL e da FCF.

A assembléia que ocorrerá na FCL nesta terça,véspera de feriado, dia 11, será um importante espaço para que esta discussão possa tomar forma e evoluir para a união almejada. Que as representações secundaristas possam comparecer a ela para travar essa discussão, e que os centros acadêmicos se mostrem receptivos a darem este passo além na luta contra os ataques de Temer e de todos os governantes!

Com a necessidade de unificação defendemos a construção em conjunto de um plano de lutas e calendário.

  •  Construção de um plano de lutas dentro do nosso local de estudo contra MP
  •  Que assembleia organize intervenções em debates dos diretores, intervenções em eventos acadêmicos e debates em sala de aula
  •  Que os departamentos, conselhos de curso, congregações e outras representações se manifestem formalmente contra MP.
  •  Compor a panfletagem no dia 13/10, quinta-feira, contra a MP (local a ser divulgado)
  •  Que a assembleia ajude na construção do ato, no dia 15, contra a MP.
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