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SECUNDARISTAS
Já são mais de 50 escolas ocupadas pelo país: a juventude mostra o caminho!
Iaci Maria

Ao longo dessa semana estudantes secundaristas de diversos estados iniciaram uma nova onda de ocupações de escolas, contra os ataques do governo Temer à educação. O Paraná segue com destaque, concentrando 44 das mais de 50 ocupações.

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Desde junho de 2013, a juventude vem mostrando que não vai mais deixar nenhum ataque aos seus direitos passar despercebido e sem luta. Há quase um ano atrás, os secundaristas de São Paulo deram o exemplo e ocuparam mais de 200 escolas contra a reorganização escolar proposta por Alckmin. A partir disso, em diversos outros estados foram surgindo ocupações de escola contra a precarização da educação.

No início do ano, uma nova onda de ocupações em São Paulo contra o escândalo da máfia das merendas e no Rio de Janeiro contra as péssimas condições em que a educação se encontra no estado, tanto com relação à estrutura das escolas, como também em relação às condições de trabalho dos professores cariocas.

E agora, novamente os secundaristas tomam a frente da luta contra a MP746, a medida provisória que impõe a reformulação do Ensino Médio, o que se configura um grande ataque à educação pública, como já desenvolvemos aqui. Começou no Paraná, onde já são mais de 40 escolas ocupadas, e se espalhou pelo Brasil, já contando até anoite dessa sexta com ocupações em mais 6 outros estados e no Distrito Federal: Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

A juventude mais uma vez mostra o caminho!

Para derrubar a reforma do ensino médio, assim como todos os ataques à educação que vem sendo anunciados, como projetos como o Escola Sem Partido e a PEC 241, que está para ser aprovada e afetará não só a educação como a saúde, é preciso radicalizar a luta. E para isso a juventude vem mostrando disposição e não apenas com os secundaristas e suas ocupações, que são linha de frente, mas também a juventude universitária vem dando mostras de que não aceitará calada todo esse desmonte da educação.

Na UFMG, uma das maiores e mais importantes universidades federais do país, o corte de verbas que teve início no governo Dilma já deixou suas marcas, com cortes de bolsas, demissão de trabalhadores terceirizados e ataques à permanência estudantil. Mas há também estudantes se organizando desde as assembleias de base de seus cursos para paralisar as aulas tradicionais e substituí-las por aulas de luta, para entender profundamente o que significam essas medidas do governo golpistas, como elas afetam a educação e o futuro da juventude, e também organizar a resistência, como foi o exemplo dado essa semana pelo Diretório Acadêmico da Biologia – gestão Jana Moroni, com a organização da paralisação do curso de Biologia contra a PEC do Teto e a MP do Ensino Médio.

A luta dos secundaristas ocupados por todo o país e dos estudantes de Biologia da UFMG deve servir como uma faísca para incendiar toda a juventude. Seguindo o exemplo desses estudantes, é preciso que as entidades estudantis saiam da apatia e construam assembleias desde as bases para organizar a resistência aos ataques. A começar pelas grandes entidades nacionais, UNE e UBES, é urgente que suas direções rompam com a subordinação ao PT – que prezou pelas alianças com a direita e não organizou uma luta real contra o golpe – e passem a confiar na força dos estudantes para organizar uma grande luta que tome as ruas, as escolas, universidades e paralise o país para derrubar esse governo golpista e seus ataques à educação e retirada de direitos da juventude e dos trabalhadores.

 
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