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RUSSOMANNO CALOTEIRO
Russomanno é acusado de calote na campanha eleitoral
Redação

Dezenas de pessoas que trabalharam na campanha do "pastor do consumidor" protestaram na frente da sede do PRB em São Paulo nesta quinta-feira (06). Além do calote, elas denunciaram também más condições de trabalho.

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É bastante comum nas eleições ver centenas de "cabos eleitorais" contratados pelos candidatos dos patrões tremulando bandeiras nas esquinas. No caso dos que trabalharam na campanha de Celso Russomanno (PRB) para a prefeitura de São Paulo, a promessa era receber entre R$50,00 e R$100,00 por dia. O dinheiro seria pago até o dia 30, mas os trabalhadores não receberam.

"Celso caloteiro, eu quero meu dinheiro!" cantavam os manifestantes, que também denunciaram más condições de trabalho durante a campanha. Segundo eles, a comida oferecida chegou a deixar alguns doentes, e muitas vezes eles não conseguiram pegar os lanches e acabaram utilizando o próprio dinheiro para se alimentar. O combinado inicial era que trabalhariam 6 horas por dia mas os manifestavam relataram jornadas de até 12 horas.

A maior despesa declarada na campanha de Russmanno foi justamente com a empresa Quality, que contratou esses trabalhadores. A empresa de terceirização recebeu R$865 mil durante o período eleitoral. Segundo a prestação de contas a campanha foi finalizada com superávit de R$ 1 milhão, mas mesmo assim os pagamentos não foram realizados.

A assessoria de comunicação do PRB alega que não conhece os manifestantes. Eles teriam sido contratados pelo PEN, partido de Mozart Russmanno, irmão do pastor, mas as pessoas que foram protestar negam essa versão. Alberto Saraiva, coordenador da campanha na região central de São Paulo, assumiu o atraso nos pagamentos e culpou a greve dos bancos. Vale lembrar que, mesmo com a greve, caixas eletrônicos continuam funcionando, o que poderia garantir o pagamento em dia.

Não é de se admirar o calote vindo de Russomano. Um deputado amigo de Paulo Maluf, que foi citado no escândalo da "máfia da merenda", e que tem relações com outras figuras igualmente corruptas realmente não parece se importar com o mínimo de respeito aos trabalhadores.

Além de toda a humilhação, os terceirizados ainda tiveram que defender o pastor nas ruas de São Paulo, com suas bandeiras, santinhos e adesivos. É comum nas campanhas dos candidatos dos patrões eles aproveitarem o desemprego para explorar precariamente os serviços alheios. Mesmo com dinheiro sobrando na campanha, não garantem nem o mínimo de dignidade aos contratados.

 
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