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ELEIÇÕES MUNICIPAIS
PSOL tem importante votação mas Niterói terá segundo turno que é a re-edição das eleições de 2012
Redação Rio de Janeiro

Assim como a capital, Niterói também terá segundo turno nas eleições municipais para a prefeitura.

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Em Niterói, Rodrigo Neves (PV) teve 109.531 votos, totalizando 47% dos votos válidos, contra 30% de Felipe Peixoto (PSB). Em terceiro colocado ficou Flavio Serafini do PSOL, com 20% dos votos válidos, totalizando 47.069 votos. Rodrigo Neves, prefeito de Niterói, aumentou seus votos, se comparado aos 105 mil recebidos no primeiro turno de 2012, e nesta comparação, Felipe perdeu 18 mil votos.

Em meio à enxurrada de votos nulos e não comparecimentos, Flavio Serafini consegui manter uma votação expressiva, perdendo um pouco mais de dois mil votos, mostra de que em Niterói há espaço para uma alternativa de esquerda ao PT.

Os nulos em Niterói subiram de 30 mil para 56 mil (9,8% para 18,61%) e os votos em branco se mantiveram subiram de 16 mil para 19 mil (de 5,09% para 6,32%). Niterói tem o eleitorado de 370.958, do qual 66 mil não compareceram à votação, igual a 2012 quando 65 mil não foram votar no primeiro turno. O PSD, que teve candidato em 2012 com 8,8% dos votos válidos, saiu coligado com Felipe Peixoto.

Em 2012, Rodrigo Neves ganhou no segundo turno de Felipe com 52% dos votos válidos.No início do ano, Rodrigo Neves trocou de partido. Era do PT, mas como parte de distanciar sua carreira política do destino do PT, saiu do partido se filiando ao Partido Verde. Um cálculo que muitos políticos fizeram em nome dos benefícios que teriam para manter suas carreiras abandonando o barco do petismo.

O caso de Neves é ainda mais complicado, se tratando do fato de que desde 2002, recebeu doações de campanha da UTC engenharia, empreiteira investigada pela Lava-Jato. A UTC tem hoje a licitação das obras da TransOceânica em Niterói, um túnel que deve ligar a região oceânica da cidade até a Zona Sul. Esta prática comum de todos os políticos burgueses rendeu munição à oposição, que tentou associar diretamente a imagem do prefeito à Lava-Jato.

Porém, Neves não contou apenas com a manobra de mudar de partido: também cooptou para sua coligação o partido de Felipe Peixoto, o PDT. Peixoto teve que entrar recentemente no PSB para poder seguir na oposição este ano, PSB que estava com Neves em 2012.

Para os 21 cargos à Câmara de Vereadores, o PSOL conseguiu os dois primeiros mais votados, Taliria Petrone e Paulo Eduardo Gomes, com 5.121 votos e 5.083 respectivamente, passando a ter dois vereadores ao invés de três. Foram 15 vereadores de partidos da coligação de Neves e 4 vereadores da coligação de Felipe.

O PDT foi o que mais diminuiu na câmara: Tânia Rodrigues virou Deputada, Gallo mudou do PDT para o PSL, da mesma coligação, se re-elegendo, e Dr. Emanuel Rocha foi para o Solidariedade. O PDT este com Felipe Peixoto em 2012 e neste ano mudou de lado, saíndo na chapa com Neves. Conseguiu apenas um vereador. Leonardo Giordano mudou-se do PT para o PCdoB e se re-elegeu, enquanto Waldeck do PT virou deputado estadual. Estes dois partidos também estão com Neves. O Solidariedade, que não existia em 2012, conseguiu eleger três vereadores pela mesma chapa de Neves.

O PPS fez o mesmo movimento que o PDT, em 2012 estava com Felipe, e neste ano saiu com Neves. Também perdeu dois vereadores para partidos da chapa de Neves: Paulo Bagueira foi para o Solidariedade e se re-elegeu, José Vicente mudou para o PRB e consta no site do TSE como candidato inválido devido a situação jurídica.

Os novos partidos que passam a ter representação na Câmara são Solidariedade (SD) com 3, e as PSL, PCdoB, PRB, PTB, PHS e PSC, com um vereador cada, Sendo os dois últimos da coligação de Felipe Peixoto. Mas quase metade destes “rostos novos” na verdade são vereadores re-eleitos, que mudaram de partido.

Dos 21 vereadores de 2012, 11 foram re-eleitos, sendo que dois dos dez que não entraram viraram deputados estaduais, um teve a candidatura anulada e Lúcio do Nevada do PRP assassinados à tiros na porta de sua casa no dia 25 de outubro de 2012, tendo como principal suspeito do crime Carlos Macedo, seu suplente do PRP investigado na CPI das milícias da Alerj.

Em resumo, e seguindo o exemplo de Neves, nas eleições para a Câmara Municipal em Niterói, troca-se as alianças, troca-se os partidos, surgem novas siglas de aluguel, troca-se de coligações com partidos apoiadores de Neves saindo com Felipe este ano e vice-versa, mas no geral a Câmara Municipal de Niterói continua com a mesma cara fisiológica.

 
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