São 5 candidaturas, sendo 4 mulheres. 4 professores e 1 trabalhadora da USP enfrentando o sistema com a política de que todo político ganhe igual a uma professora. Diana, Magrão, Maíra, Cacau e Flávia, são representantes de um movimento de milhares que também são #UmaVozAnticapitalista.
Das mais de 700 vozes nos 5 lançamentos locais a uma campanha que envolveu milhares de trabalhadores e jovens e contou com apoios de peso entre intelectuais e militantes da esquerda.
Na região oeste também foram enviadas milhares de cartas pelo Correio. Em cada uma dessas atividades e durante toda a campanha se expressou a rede de centenas de terceirizados que participaram junto à Diana de diversas lutas na USP, que também se transformaram em livro.
Em Campinas (SP), mais de 150 no lançamento de Danilo Magrão, como mostramos neste artigo e vídeo com os melhores momentos.
Esteve presente uma importante delegação de professores e estudantes, que durante a campanha levaram a campanha de forma massiva pela cidade. Na região industrial da cidade, onde Magrão e a maioria dos apoiadores dão aula e onde foi o lançamento, houve uma enorme campanha militante casa a casa e uma grande mobilização de secundaristas que às dezenas mandaram seus apoios como fez o Lucas. Na Unicamp a campanha mobilizou dezenas de estudantes e fechou com força em uma mesa que reuniu mais de 120 contra a Reforma no Ensino Médio, um dos mais brutais ataques à educação do governo Temer. Foi da Unicamp também que a candidatura recebeu o importante apoio de intelectuais como Ricardo Antunes, Plinio de Arruda Sampaio Jr e Rui Luis Rodrigues. Trabalhadores da MABE, fábrica ocupada recentemente onde Magrão deu seu apoio ativo, também se tornaram apoiadores da campanha fortalecendo a proposta de uma lei que impeça as demissões, especialmente em momentos de crise.
A campanha de Magrão contou com uma forte campanha militante de jovens e trabalhadores foi sintetizada pelo rap de Alice Silva como música tema da #VozAnticapitalista em Campinas.
Também nas fábricas da região como a Firestone, Pirelli, entre outras, a campanha da Maíra chamou a atenção dos operários e operárias que sofrem com as demissões e o trabalho precário. Com uma grande participação de juventude e trabalhadores da região que se reuniram em torno do Comitê Anticapitalista, participando das panfletagens e atividades, foi possível um grande alcance regional da campanha que defende as ideias anticapitalistas concentradas na figura da candidata.
Na capital do Rio de Janeiro, a campanha da Carolina Cacau foi construída, a partir do lançamento que reuniu cerca de 100 pessoas, por um amplo setor de juventude que logo nos primeiros momentos da candidatura já se propuseram a levar suas propostas para a cidade, eles também estiveram presentes junto aos trabalhadores, mulheres, negros e negras e LGBTs que compareceram no lançamento da campanha, tendo entre os presentes professores que foram protagonistas da greve dos trabalhadores da educação da rede estadual contra a precarização, péssimas condições de trabalho e falta de estrutura das escolas e também estudantes da UERJ que construíram uma greve de 5 meses contra os ataques do Governo do PMDB contra a educação pública.
O impressionante apoio que a Cacau recebeu entre os garis, muitos dos quais a conheceram lado a lado nas últimas greves da categoria, foi um dos pontos mais altos da campanha.
A candidatura recebeu também da UERJ o importante apoio de intelectuais como Marco José, professora do Serviço Social, Lia Rocha, professora de sociologia e presidente da Asduerj - Associação dos Docentes da UERJ, Elaine Rossetti Behring, professora do Serviço Social, Felipe Demier, professor de Serviço Social e militante da Nova Organização.
Em Contagem (MG), 60 estiveram com Flávia Valle, como mostra esse artigo e vídeo do lançamento. Foi destacável a presença de trabalhadores, em especial da indústria e muitos jovens. A campanha contagiou tanto que fizeram um almoço de reta final com mais de 80 pessoas, com setores novos, como uma importante delegação de secundaristas e professores municipais onde Flávia dá aula, a Escola Estadual Helena Guerra, onde houve uma importante paralisação e uma emocionante aliança entre estudantes e professores, como mostra o vídeo que está viralizando no Esquerda Diário que fez a cobertura do dia de luta. Uma importante rede de professores que estão em luta contra os ataques de Temer a educação apoio a candidatura de Flavia Valle. Também não faltou disposição e debate para fortalecer a luta pelo direito das mulheres contra o machismo e o capitalismo.
Nossa campanha praticamente não teve recursos financeiros, mas contou com uma energia inesgotável de cada uma dessas vozes anticapitalistas, que agora vão se expressar nas urnas, mas vamos seguir mobilizando em cada luta concreta que temos pela frente.
Uma campanha que ligou as batalhas concretas à luta anticapitalista
Cada um dos candidatos do MRT levantou programas bastante concretos para responder aos anseios mais urgentes dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, dos LGBT e da juventude. Foram aqueles que defenderam que todo político ganhe como uma professora, uma proposta que dialoga profundamente com a crise de representatividade que vivemos e aponta uma nova forma de fazer política, sem privilégios, mostrando como a política deve ser tomada pelos trabalhadores. Também levantaram propostas como a de uma lei que impede as demissões para que famílias não fiquem na rua enquanto os capitalistas continuam lucrando, o combate à precarização do trabalho e a necessidade de incorporação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso, a taxação das grandes fortunas para financiar educação, garantindo creches para toda a demanda existente, a defesa dos serviços 100% públicos para que saúde, educação, transporte e moradia sejam direitos e não mercadoria na mão dos grandes empresários e mafiosos, e medidas para combater a violência contra as mulheres e LGBTs e o racismo que também se expressa profundamente na violência policial.
No entanto, diferente da maioria da esquerda, apresentou essas lutas como parte de uma batalha mais profunda, desde uma perspectiva anticapitalista, colocando abertamente a defesa de um governo dos trabalhadores.
A batalha por uma alternativa política à esquerda do PT e de combate consequente à direita e os golpistas, com o Esquerda Diário e os vídeos como carro chefe
Diana se destacou pelas denúncias que protagonizou contra a censura à esquerda, contra o golpista Temer, o empresário direitista Dória, com um vídeo e um artigo que alcançaram centenas de milhares, mas também combateu frontalmente Russomano, Marta, mas sempre também se delimitando do PT, como fez com Haddad. Diana também enfrentou Holyday, expressão da “nova direita”, o MBL.
Carolina Cacau é professora da rede estadual carioca, tendo como centralidade da campanha a questionamento dos privilégios dos políticos desafiando-os a ganharem o mesmo salário que ela, mas também a viverem como os trabalhadores do Rio de Janeiro que gastam grande parte do seu dia nos transportes públicos da cidade que são insuficientes, caros, privatizados que mantêm uma máfia de empresários lucrando. Se colocando contrária ao projeto de escola sem partido, que visa acabar com o debate de gênero e sexualidade na escola e colocar uma mordaça nos professores, na luta contra o extermínio da população negra nas favelas e periferias da cidade e pelo direito das mulheres ao seu próprio corpo e contra qualquer tipo de opressão e exploração. Toda campanha foi marcada pela mobilização contra o governo ilegítimo de Temer nos atos e de de maneira independente do PT.
Combatendo a direita reacionária que tomou o poder por um golpe institucional no nosso país, a campanha de Flavia Valle esteve à frente dos atos unificados pelo Fora Temer em Contagem e Belo horizonte somando forças com a juventude contra o governo golpista e em defesa da educação, partindo de uma exigência às Centrais Sindicais de que rompessem com a paralisia para construir a luta efetiva contra o golpe nas ruas e na greve geral.
A vitoriosa luta dos trabalhadores da Urb Topo, terceirizados da Vallourec, na qual Flávia esteve presente colocando sua candidatura para fortalecer a luta, mostrou que uma candidatura independente dos patrões pode se colocar na linha de frente da defesa dos interesses dos trabalhadores. Lutar contra o privilégio dos políticos ganhando como uma professora para estar ao lado dos trabalhadores, é possível fazer política diferente também em Minas Gerais.
Construa conosco uma grande força anticapitalista e revolucionária no país
Apoie os candidatos com seu voto neste domingo e construa conosco o MRT e o Esquerda Diário, que neste mês de setembro teve 622 mil acessos, se transformando numa grande ferramenta de luta de centenas de pessoas em todo o país. Se você gosta das nossas ideias saiba como participar de sua construção cotidiana se organizando com a gente.