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MOBILIZAÇÃO DIA 29
Metalúrgicos de Osasco dão novo exemplo de luta na paralisação nacional do dia 29/09
Santiago Marimbondo
São Paulo
Fábio Nunes
Vale do Paraíba
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Os metalúrgicos de-Osasco resgatam sua grande história de luta e se colocam na vanguarda da classe operária brasileira mais uma vez nesse dia nacional de paralisação que ocorreu em 29/09. Junto a ocupação esperança, também em Osasco e que compôs o ato dos metalúrgicos, os operários fizeram um ato pelo centro da cidade buscando apoio popular para sua luta, luta que é de toda classe trabalhadora.

O dia nacional de paralisação dos metalúrgicos foi chamado pelas centrais sindicais como forma de dar uma resposta a pressão da base dos trabalhadores frente aos ataques agudos levados a frente pelo ilegítimo governo de Temer. 12h de trabalho diárias, sem direito a férias e décimo terceiro, impedidos na prática de nos aposentarmos, é descarregando em nossas costas que querem os patrões, e o governo que os representa, superar a crise por que passa o país.

Os metalúrgicos de Osasco mostraram sua ampla disposição à luta votando de forma unânime pelo ato no centro da cidade. Mostram assim que o ceticismo nas possibilidades de mobilização e luta da classe trabalhadora, que marcou a etapa anterior, deve ser rapidamente superado, jogado no museu da história, como expressão de um momento insuperavelmente ultrapassado.

Num ato extremamente moralizado e moralizante os operários junto aos trabalhadores da ocupação esperança conseguiram alterar a normalidade do centro da cidade de Osasco, que já foi palco de lutas históricas de nossa classe, mostrando para o restante da população trabalhadora que é necessário e possível nos mobilizarmos para barrarmos os ataques. Os trabalhadores do centro da cidade, principalmente os comerciários do varejo, ficaram muito impactados com a coluna de trabalhadores, com seus macacões, botas, óculos de proteção, passando pela cidade mostrando a força social de nossa classe organizada.

O ato contou com por volta de 500 trabalhadores, o que é expressão de uma explosiva e impactante força social, quando operários organizados se colocam em marcha para lutar por seus direitos; os vídeos e fotos que publicamos junto a esse artigo dão apenas uma leve noção do peso e força, da empolgação e politização que se expressou nesse ato.

Unidade entre os trabalhadores, delegada sindical bancária chama luta unificada dos trabalhadores e greve geral já!!!

Um dos momentos mais impactantes e politizados do ato foi quando a delegada sindical de bancários da agência Sé Tais Oyola, militante do MRT e do Movimento Nossa Classe, que compunha a manifestação, ainda durante a assembleia dos trabalhadores antes do ato marchar, fez fala no carro de som chamando a necessidade de uma greve geral.

Colocando ali para os metalúrgicos e os trabalhadores da ocupação esperança a experiência da greve de bancários, que já passam de 20 dias parados, defendeu que contra os grande ataques que prepara o governo ilegítimo de Temer não é possível mais mobilizações parciais e separadas das diferentes categorias. A única maneira de barrar os ataques é com a unidade de nossa classe, contra os ataques unificados dos patrões. Contra os dias de mobilização fatiados que “constrói” a burocracia sindical, como forma de dar uma resposta ao descontentamento da base dos trabalhadores, é necessária uma luta unificada de nossa classe, uma efetiva greve geral.

A importante participação da juventude Faísca

A juventude Faísca também teve participação importante no ato de ontem. Não só porque ali mostrou sua solidariedade com os trabalhadores e convicção de que a única maneira de barrar os ataques, que são também ataques à juventude, é com a aliança entre juventude e classe operária, mas também porque em todos os dias anteriores panfletou em todas as principais fábricas do centro de Osasco chamando a necessidade da paralisação, mostrando a necessidade de que os trabalhadores exigissem de seu sindicato uma efetiva mobilização como forma de barrar os ataques.

A juventude Faísca assim mais uma vez dá exemplo pra todos os demais coletivos de juventude no país mostrando o papel importantíssimo que pode ter um setor da juventude organizado que tem clara consciência e perspectiva que a única maneira de barrar os ataques é se aliando e se dirigindo à classe operária.

Novamente colocamos de maneira fraterna para os demais coletivos e grupos que se constroem na juventude que esse importante exemplo que dá a juventude Faísca deve ser meditado e seguido, como forma de forjar a aliança que pode ser a força social real para derrubar o governo Temer e dar uma resposta alternativa a crise.

É necessário que as centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, CONLUTAS) rompam com o imobilismo e com os dias de paralisação fatiados e construam uma efetiva greve geral!!!

O exemplo dos metalúrgicos de Osasco mostra que existe disposição de luta e politização em nossa classe. Os trabalhadores veem os ataques e querem se mobilizar para respondê-los, para que não sejamos nós, mas sim os patrões os que paguem pela crise que eles criaram. O grande freio para essa mobilização continua sendo a burocracia sindical, contudo.

Foi um absurdo que se chamassem dois dias distintos de paralização nacional em praticamente uma semana (dia 22/09 e logo depois dia 29/09), é absurdo que não se busque a unificação da greve dos bancários com as paralisações nacionais, por exemplo. É necessário cada vez mais que as centrais rompam com seu imobilismo e seus dias de mobilização apenas teatrais e construam uma forte luta unificada de nossa classe contra os ataques patronais.

Só com uma forte greve geral, que pare a produção em todo país, em todas as categorias, poderemos barrar os ataques e derrubar o governo ilegítimo que os prepara.

O Esquerda Diário, o Movimento Nossa Classe e a juventude Faísca se colocam como um pequeno fator que possa ajudar os trabalhadores nessa tarefa de romper com as direções burocráticas e que são efetivos freios à luta e para que possamos construir uma forte mobilização.

 
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